Novos talentos
A consolidação de fenômenos
No Rio, jovens campeões têm a chance de ampliar a hegemonia dentro de suas modalidades
O Rio será lugar de despedidas, mas também servirá como palco para a consagração de novos gênios do esporte. A próxima edição dos Jogos já tem alguns candidatos a superastros, como o judoca francês Teddy Riner, 27, dono de nove títulos mundiais e uma medalha de ouro em Londres. Ele chega ao Rio para se tornar o maior judoca da França na história.
Na natação, Michael Phelps tem sucessores à altura. Ou melhor, sucessoras: Missy Franklin, 21, dona de cinco medalhas, sendo quatro de ouro em Londres; e Katie Ledecky, que já bateu 11 recordes mundiais. Isso aos 19 anos. No atletismo, o fundista Mo Farah, campeão mundial e olímpico britânico, é uma barbada nos 5.000 m e 10 mil metros.
Embora não tenha chance de encarar Riner, que é da categoria dos pesos pesados – acima de 100 kg –, o judoca do Minas, Alex Pombo, da categoria leve – de até 73 kg –, não esconde a admiração pelo francês. “Ele é um atleta que tem muitos títulos, que ficou muito tempo sem perder, um atleta que já entrou para a história não só no judô, mas no esporte”, afirmou o minastenista.
Riner tem no currículo 101 vitórias consecutivas, sendo a metade por ippon. Ele vai para sua terceira edição de Olimpíadas – em 2008, ele ficou com o bronze. Teddy, aliás, foi o algoz do brasileiro Rafael Silva na decisão do ouro no Mundial do Rio, em 2013.
No ano seguinte, na Rússia, o brasileiro também foi batido por Big Ted, como o francês é conhecido, desta vez, na semifinal. “Não me considero uma lenda viva do esporte. Para isso tenho que ganhar muitas medalhas ainda”, disse Riner. (Com agências)
Equipe dos EUA renova geração nas piscinas
Esporte individual, a natação é uma verdadeira fábrica de máquinas humanas, o que o diga a equipe norte-americana. Considerada potência da modalidade, ela não se cansa de produzir talentos.
A lista para a Rio 2016 tem, além dos fora do comum Michael Phelps e Ryan Lochte e das já superreconhecidas Missy Franklin e Katie Ledecky, nomes como o de Jordan Wilimovsky, 22, Olivia Smoliga, 21, e Kathleen Baker, 19, ganham evidência a cada dia. “É uma nova onda de atletas que estão chegando”, destaca Olivia. De um grupo de 45 atletas que virão ao Brasil, 30 são estreantes.
De olho em 2020
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) levará aos jogos do Rio 20 atletas com potencial participação nos Jogos de Tóquio, em 2020. O objetivo é antecipar a experiência olímpica, assim como aconteceu em Londres, com 16 escolhidos. A rotina das jovem promessas inclui o acompanhamento de treinos e competições de sua modalidade e visitas à Vila Olímpica. Para selecionar os atletas, o COB e as Confederações Brasileiras Olímpicas identificaram jovens com histórico de resultados nas categorias de base. Metade dos 16 atletas que participaram da vivência olímpica em Londres conquistaram vaga para os Jogos do Rio.
Garotada nacional
Aos 22 anos, o canoísta Isaquias Queiroz é uma das grandes esperanças de medalha do Brasil nos Jogos. Tricampeão mundial, ele chama atenção pela técnica apurada em diferentes categorias da canoagem de velocidade. Marcus Vinícius D'Almeida, 18, é considerado um garoto prodígio brasileiro. Não seria surpresa se ele conseguisse uma medalha no tiro com arco. Entre as mulheres, Flávia Saraia, 16, a mais jovem atleta do Time Brasil, é considerada a grande revelação da ginástica nacional. O atletismo tem Vitória Rosa (200 m e 4 x 100 m), Núbia Soares (salto triplo) e Letícia Cherpe (4 x 100 m), todas de 20 anos.