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OURO

Atleta há dois anos, Petrúcio se espelha em Bolt para fazer história

Velocista conquistou a medalha de ouro nos 100 metros da classe T47 (amputados de membros superiores)

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PUBLICADO EM 12/09/16 - 07h30

O tempo de preparação como atleta de alto rendimento foi curto, mas o talento tem compensado isso e colocado Petrúcio Ferreira como um dos principais nomes do atletismo paralímpico brasileiro e mundial. A comprovação de toda a sua qualidade veio neste domingo, com a conquista da medalha de ouro nos 100 metros da classe T47 (amputados de membros superiores), nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro.

O brasileiro, que já havia quebrado o recorde mundial nas semifinais, estabeleceu uma nova marca na decisão, ao terminar a prova com 10s57. O fato de ter sobrado na disputa fez com que Petrúcio fosse comparado com Usain Bolt, o atleta mais rápido da história com nove medalhas de ouro em Olimpíadas.

“Acho bastante legal algumas comparações, ainda mais me comparando com o Bolt. Tenho ele e o Yohansson (brasileiro que compete na mesma prova), como os meus grandes ídolos no atletismo. Creio que a marca que o Bolt tem hoje vai ser difícil de alguém bater”, afirma.

Questionado se poderia alcançar a marca do ídolo, Petrúcio vê pouca possibilidade, mas sonha um dia poder participar de competições com atletas convencionais. “Posso até tentar, mas é muito difícil. Quem sabe um dia eu possa participar da competição com os olímpicos”, cogita.

Rápido na pista e batedor de recordes, o brasileiro afirma que é uma missão complicada correr abaixo dos 10 segundos. “Já corri na casa dos 10 segundos baixos. É treinar mais. Como tenho pouco tempo de treinamento, acho que com mais treinos eu possa bater recordes, mas correr abaixo dos 10 segundos é meio complicado”, sentencia.

Chorando muito no pódio, o velocista revela tudo que passou em sua cabeça na hora do hino. “Essa medalha representa uma grande história. Todos os atletas que chegam aqui tem uma grande história. Hoje, quando recebi a minha medalha e ouvi o hino, passou um filme na minha cabeça. De onde eu saí, como foi a minha primeira competição, que eu corri descalço. E hoje estou aqui representando o meu país. Aqueles dias de treino pesado, a distância e a saudade da minha família. Creio que essa medalha é uma alegria para o Brasil, para a Paraíba e para os meus pais”, conclui.  

Rádio Super

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