As autoridades da Coreia do Norte enviaram uma delegação política de alto nível para assistir aos Jogos Olímpicos do Rio, apesar do aumento das sanções sobre o país asiático. Segundo a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA , o grupo será liderado por Choe Ryon-Ha, líder do regime próximo a Kim Jong-Un.

Trinta atletas defenderão as cores do país no Rio, com o halterofilismo como principal chance de medalha. O país participou de nove olimpíadas de verão desde os Jogos de Munique em1972, mas conquistou apenas 14 medalhas no total. Os norte-coreanos alcançaram seu melhor resultado em Londres, com quatro medalhas de ouro, três no halterofilismo e uma no judô.

Desde a morte de seu pai, Kim Jong-Il, no fim de 2011, Kim Jong-Un insistiu em várias ocasiões na importância do esporte para o país. No ano passado, em uma carta dirigida aos atletas, convocou-os a se inspirar em táticas da guerrilha para impulsionar o país à frente do cenário esportivo internacional. O ditador havia explicado seu desejo de converter seu país em uma potência esportiva "em alguns anos".

Para a Coreia do Norte, isolada e hermética, os Jogos representam uma das escassas oportunidades de se mostrar no cenário internacional. As tensões aumentaram desde fevereiro, quando Pyongyang anunciou que realizaria seu quarto teste nuclear, seguido pelo lançamento de uma série de mísseis. Na semana passada, o país realizou três desses testes, como reação à mobilização de um escudo antimísseis norte-americano considerado um dos melhores do mundo.