Nos últimos anos, a torcida do Sada Cruzeiro se acostumou com uma dupla na saída de rede que cansou de fazer estragos nas defesas adversárias. O levantador William e o oposto Wallace, na temporada que se inicia, não estarão mais juntos. O oposto se transferiu para o Taubaté e será substituído por Evandro, seu reserva na seleção brasileira.

Na seleção, a dupla já mostra um entrosamento que poderá ajudar muito para que o time cruzeirense mantenha o caminho de títulos seguidos. No entanto, no amistoso desta sexta-feira, contra a Polônia, às 20h, no ginásio do Riacho, em Contagem, a saída de rede azul será formada por dois jovens talentos que fazem parte do elenco do técnico Marcelo Mendez. Um novo encontro entre os dois times está agendado para a próxima terça-feira, dia 2, no mesmo local e horário.

Fernando Cachopa e Alan, de 20 e 22 anos respectivamente, terão a missão de substituir atletas de nível de seleção, justamente contra o atual campeão do mundo. A tarefa não será fácil diante dos poloneses, que possuem um dos bloqueios mais altos e fortes do planeta.

"Para os atletas mais novos, que não têm essa experiência de jogo internacional, é um incentivo muito grande", comenta Mendez. A tamanha responsabilidade pela frente pode ser notada no inevitável nervosismo, que precisará ficar de lado quando a bola subir. "Dá um frio na barriga sim, eles estão muito bem preparados, estão em um nível alto para chegar com tudo na Olimpíada. Mas estou confiante que vou entrar e dar o meu melhor. Vai ser difícil, os caras são grandes e vou precisar de uns golpes diferentes para superá-los", analisa Alan.

Mais uma chance de mostrar para Mendez as condições de serem usados em qualquer momento da temporada aparece para ele, que tem no currículo desafios como Mundial de clubes e Mundial juvenil de seleções. "Será mais um grande desafio na minha carreira. Não é todo mundo que tem a chance de jogar contra a seleção principal da Polônia, isso vai contar muito pra mim no futuro. E imaginar que estou apenas começando", revela.

Apoio. Nos treinos, ele conta com a ajuda de Mendez para ter a tranquilidade necessária para fazer o certo nos momentos decisivos. "Ele conversa muito com a gente, principalmente com os mais novos. Tento absorver o que ele passa, ele tem tido uma atenção especial comigo", indica.

Nos atividades no CT, Alan tem a oportunidade de tentar superar bloqueios como de Leal e Simón, que servem como um bom teste para encarar os polacos. "Também temos gigantes que nos deixam bem preparados. Estou acostumado a enfrentar caras altos, então não fiquei muito impressionado quando vi os poloneses de perto. A escola dele é de saque e bloqueio, algo que aparece bem no nosso time. O importante é que estamos bem preparados", completa Alan.