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Medalhas

O ouro de Minas pode  reluzir nos Jogos do Rio 

Ao todo, 32 atletas estarão representando o Estado em 11 modalidades esportivas que integram as Olimpíadas 2016

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Nascida em BH e criada em Santa Luzia, Fabiana é um dos destaques de Minas nos Jogos do Rio
PUBLICADO EM 24/07/16 - 03h00

O mesmo ouro das Minas Gerais, que tanto chamou atenção da colônia no período imperial e se tornou uma referência de riqueza, poderá reaparecer no peito de alguns atletas que representarão o Estado durante as Olimpíadas do Rio.

Os bons resultados que estarão traçados como objetivos mostrarão ao mundo todo que o talento esportivo mineiro segue o caminho para que sejamos falados muito além das fronteiras nacionais. Candidatos aparecem em várias modalidades, mas uma maior força está no vôlei, esporte de grande tradição em terras mineiras.

O ponta Lucarelli e o central Maurício Souza, naturais de Contagem e Iturama, respectivamente, podem fazer a seleção do técnico Bernardinho retomar o lugar mais alto do pódio após 12 anos. O ouro em Atenas, em 2004, foi seguido de duas pratas em Pequim 2008 e Londres 2012.

No feminino, o Brasil também é um forte candidato ao ouro, que culminaria no terceiro título olímpico seguido, um feito raro. No elenco do técnico José Roberto Guimarães, estarão estrelas do porte da ponta Gabi, da oposta Sheilla e das centrais Adenízia e Fabiana. Esta é uma das referências não só da modalidade como também do esporte brasileiro, e sua presença como primeira condutora da tocha, após sua chegada ao Brasil, comprova isso.

Nascida na capital mineira e criada em Santa Luzia, Fabiana garante que vai carregar consigo tudo que passou e construiu. Não se assustem se uma bandeira de Minas Gerais aparecer nas suas costas durante a entrega da premiação no pódio. “Não tem orgulho maior do que poder representar o meu país. Quando comecei, aos 14 anos, em Minas Gerais, nunca imaginei que estaria indo para minha quarta Olimpíada. Superei limites, venci cada obstáculo com o único propósito de ser atleta de alto nível e poder levar a bandeira brasileira por todo o mundo”, comenta Fabiana.

De volta. O sentimento de satisfação é ainda maior quando não só se é formado dentro de um clube mineiro, caso de Fabiana, revelada pelo Minas Tênis, como também quando vai representar o atual clube, também mineiro – Fabiana acaba de ser contratada pelo Praia Clube, de Uberlândia, atual vice-campeão da Superliga

“Nasci em Belo Horizonte, mas passei toda a minha infância em Santa Luzia. Amo minha cidade, sempre que tenho folga corro para lá e mato a saudade dos meus pais e familiares. Minas Gerais me deu toda a estrutura para que eu crescesse, me desenvolvesse e hoje pudesse estar aqui, capitã da seleção e bicampeã olímpica”, completa a central, que sabe que a chance de uma medalha é real. “Se Deus quiser, chegaremos ao pódio, e, quem sabe, não irei erguer a bandeira de Minas Gerais para todo o mundo?”, sonha a jogadora.

Um caso de amor antigo

Apesar de vários esportes terem grande relação com Minas Gerais, o vôlei talvez seja um dos que mais provocam identificação com o público local. “O povo mineiro ama o vôlei. Ter um histórico de clubes fortes e formadores ajuda demais nessa cultura. Esse amor passa de geração em geração, e os filhos continuam vendo os grandes clubes mineiros na Superliga. Isso impede que esse amor acabe e faz com que ele só cresça”, afirma a central Fabiana, da seleção de vôlei.

Para ela, potencial não falta para que essa realidade atinja outras modalidades. “O mineiro gosta de esportes, e o caso com o vôlei é antigo. Sempre tivemos representatividade nacional e atletas que se tornaram ídolos. Isso pode ser trabalhado em qualquer modalidade e pode acontecer em muitos outros Estados também”, avalia.

Potencial para fazer bonito

Minas Gerais se destaca não só pelo número de atletas que irão representar o Brasil (32, o terceiro com mais competidores), mas também pela possibilidade de boa parte ter um bom resultado.

O potencial do Estado aparece pelas várias possibilidades de clubes formadores existentes, como Minas Tênis Clube e Mackenzie, na capital, e Praia Clube, em Uberlândia, que trabalham com diversas modalidades, incluindo algumas paralímpicas.

Os vários esportes fazem com que o Estado esteja presente em quadras, piscinas, tatames e pistas, fazendo a chance de Minas ir bem nas Olimpíadas ser razoável.

O nadador Miguel Valente, do Minas Tênis Clube, que vai disputar os 1.500 m, lembra que a presença da instituição que irá defender, nas equipes de alto rendimento, faz o trabalho de base se consolidar ainda mais.

“Minas Gerais está no bolo dos Estados que mais investem e que terão mais representantes. Não são todas as instituições (como o Minas) que têm esse potencial no alto rendimento, é algo caro e difícil de ser bem feito. Fico feliz de termos alguns clubes que apoiam e fazem seu papel nesse âmbito esportivo”, declara.

Minas está atrás apenas de São Paulo, com 162 atletas, e do Rio, com 95. 

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