ASCENDENTES
Visibilidade para os menos badalados
Por conta dos Jogos, esportes menos conhecidos ganham estrutura para crescer no país
E foi assim que, de repente, o país do futebol descobriu novos esportes. Os Jogos Olímpicos dentro de casa deram estrutura e visibilidade para modalidades pouco ou quase sem popularidade. As arenas podem não ter ficado tão cheias, mas a predominância era sempre de brasileiros.
Ao mesmo tempo em que estreava em cinco modalidades – badminton, ginástica de trampolim, golfe, hóquei sobre grama e rúgbi – , o Brasil conquistava resultados mais significativos em outros.
Fernando Reis, por exemplo, foi o quinto melhor do mundo na categoria acima de 105 kg no levantamento de peso, e Charles Corrêa e Anderson Oliveira avançaram a uma inédita semifinal.
“É o maior evento do esporte, acontecendo aqui, com a mídia trabalhando em cima de todos os atletas. Não só na canoagem slalom, mas em todos os esportes, vai dar uma evoluída para Tóquio”, avaliou o canoísta Charles Corrêa. Esse esporte, aliás, ganhou um estádio próprio em Deodoro, que ficará como legado e será aberto ao público como um parque de lazer.
O golfe, considerado no país um esporte de ricos, terá um espaço público para a prática. Agora, se vôlei, basquete, natação e ginástica artística são esportes que não têm a mesma fama do futebol, mas já são consolidados, badminton e saltos ornamentais, por outro lado, ganharam mais visibilidade e já puxam o interesse dos mais novos.
“O salto ornamental só vem crescendo. E só tem a aumentar depois da Rio 2016. Tiveram mais crianças no Fluminense que entraram depois da Copa do Mundo que foi realizada aqui. É um esporte muito bonito, que só tem a crescer, mas era pouco divulgado”, ressalta a atleta brasileira Tammy Galera.
“O badminton é um esporte que não é muito caro, um kit para prática deve custar R$ 70”, destaca Ygor Coelho, que chegou a vencer um set na sua participação nos Jogos, algo marcante para uma modalidade que nunca teve um representante brasileiro.