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SUPERAÇÃO

Atleta trava batalha contra o próprio corpo para nadar na Rio 2016

Reclassificação para a categoria S5 mostra que doença de Susana está progredindo

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PUBLICADO EM 15/09/16 - 03h00

RIO DE JANEIRO. Imagine ir perdendo o controle do corpo aos poucos e não conseguir fazer hoje o mesmo movimento que fazia ontem. É isso o que sente a paratleta Susana Schnarndorf Ribeiro. Diagnosticada com a doença degenerativa MSA (múltipla falência dos sistemas), que afeta a mobilidade, em 2005, a triatleta cinco vezes campeã brasileira e com 13 participações de Ironman no currículo achou que teria que abandonar o esporte.

“Logo que eu descobri a doença foi muito difícil, não sabia direito o que iria acontecer. Tive vários diagnósticos bem ruins, de pouco tempo de vida. Eu tinha certeza de que ia largar o esporte no início. Eu não consegui nem escovar meus dentes, quanto mais fazer alguma coisa no esporte. Mas, graças a Deus, deu para voltar”, explicou Susana.

Ela descobriu no paradesporto a chance de continuar competindo na natação, modalidade que ela já praticava. Atualmente, a gaúcha de Porto Alegre luta contra o próprio corpo.

A doença de Susana vai paralisando todos os músculos do corpo, incluindo o pulmão e o coração. Além disso, está cada vez mais difícil fazer atividades rotineiras como trocar de roupa, andar e até conversar. Em abril, ela comemorou o rebaixamento de categoria para a disputa dos Jogos Paralímpicos. Porém, sair da classe S6 para a S5 significa a piora da doença.

“Eu comemorei ter sido reclassificada para a classe que eu deveria ficar, na qual posso ser mais competitiva. Ao mesmo tempo, toda vez que eu pioro, não tenho motivo para comemorar. Esse sentimento é difícil de lidar. O bom é se eu puder continuar S5, não piorar mais e continuar competindo. Mas é uma coisa que eu tenho que aprender a conviver”, reconhece, sem se lamentar.

“Vou nadar com o coração”, diz Susana

Rio de Janeiro. Os médicos deram pouco mais de dois anos de vida para Susana quando ela descobriu a doença. Doze anos depois, a atleta conquistou nos Jogos do Rio sua primeira medalha paralímpica. 

Ao lado de Clodoaldo Silva, Daniel Dias e Joana Neves, ela conquistou a prata no revezamento 4 x 50 m livre misto até 20 pontos.

“Foi um sonho realizado subir no pódio em uma edição de Paralimpíadas. E nadar com Daniel Dias, Clodoaldo Silva e Joana Neves, que são atletas excepcionais”, afirma Susana.

Nesta quinta-feira (15), Susana nada os 200 m medley, sua principal prova nas Paralimpíadas. “É a prova que eu tenho mais chances de ficar em uma boa posição. A expectativa é boa. Estou segura de que fiz tudo o que eu podia fazer. Vou nadar com o coração”, declara Susana. 

*repórter viajou a convite da Nissan, patrocinadora dos Jogos Paralímpicos do Rio 2016 

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