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Foliões dão nota 8 para o Carnaval de BH, e 92% voltarão

Belotur entrevistou 1.300 pessoas durante os quatro dias do feriado; prefeitura só fez elogios no balanço da festa, dizendo ter feito a maior do país

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Coletiva. Na reunião para avaliar o “maior Carnaval da história de BH”, Kalil levou 13 chefes de pastas e autarquias
PUBLICADO EM 04/03/17 - 03h00

A nota geral que o folião deu para o Carnaval de Belo Horizonte neste ano foi 8, conforme pesquisa feita pela Empresa Municipal de Turismo (Belotur) com 1.300 pessoas nos blocos de rua entre 25 e 28 de fevereiro. Desse total, 92% afirmaram ter intenção de participar da festa na capital mineira novamente no ano que vem. Nessa sexta-feira (3), a prefeitura reuniu 13 secretários municipais e chefes de autarquias para apresentar à imprensa um balanço do evento, mas se limitou a fazer elogios à equipe e a falar de acertos da operação, sem citar falhas nem pontos a melhorar para obter uma nota 10, em 2018, de foliões que apostarão na cidade mais uma vez para divertirem no feriado das purpurinas.

Com base na estimativa de um público de 3 milhões de pessoas no Carnaval daqui, sendo 500 mil turistas, a Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur) calcula que foram movimentados R$ 514 milhões na economia da capital, considerando, segundo eles, que o folião local gastava R$ 90 e o turista R$ 172 por dia.

“O valor pode chegar a R$ 1 bilhão quando incluirmos a movimentação em hotéis, transportes e outros”, calculou o presidente da Belotur, Aluizer Malab. Ele e o prefeito Alexandre Kalil exaltaram que BH teve, neste ano, “o melhor e maior Carnaval do país” – em público, estaria atrás apenas das festas de São Paulo e Rio de Janeiro.

“Não somos megalomaníacos de comparar BH com Rio de Janeiro e Salvador, mas transformamos uma cidade deserta em uma com 3 milhões de pessoas na rua. Foi o maior pulo (salto em público) do Carnaval feito no país”, ponderou Kalil. No ano passado, a festa reuniu 2 milhões de pessoas na capital, que também teve as apresentações de menos blocos de rua pela cidade.

Apontando para o secretariado sentado à mesa com ele, Kalil declarou: “Os únicos responsáveis pelo sucesso do Carnaval são essas pessoas”. Além disso, profetizou: “Aquela cidade triste, do ‘não pode nada’, ficou para trás. Ano que vem vai ser ainda melhor e maior”.

Sem apresentar os desafios para 2018, a equipe da Belotur vai começar o planejamento da festa do ano que vem, assim que encerrar a contabilização dos números deste ano, como o público por bloco – está sendo feito um “georeferenciamento”, segundo eles – e detalhes da pesquisa com os foliões.

Patrocínio. Em um dos poucos momentos de autocrítica, Malab admitiu o baixo número de banheiros químicos e defendeu melhorar o desfile das escolas de samba de BH, a estrutura e a comunicação no ano que vem.

Ele defendeu a presença de mais patrocínios. “Já tem muita gente batendo à porta. Quero ver em 2018 quem não vai querer estar em Belo Horizonte”.

Contabilização. Sobre o cálculo do número de foliões nos blocos durante a cobertura do Carnaval, a Belotur informou que pensará em uma metodologia para fazer essa conta em 2018 – neste ano a PM não fez estimativas,


Secretário enaltece Guarda Municipal e critica ações da PM

A redução dos crimes violentos no período de Carnaval na região metropolitana foi puxada principalmente por Belo Horizonte, que teve queda de 42,9% (com 499 casos em quatro dias), segundo a Secretaria Municipal de Segurança Pública e Patrimonial. A pasta e o prefeito Alexandre Kalil destacaram o trabalho dos 2.533 guardas municipais na festa, ponderando que a Polícia Militar (PM) – que deu coletiva de imprensa nessa quinta-feira (2) – não trabalhou sozinha.

“Tivemos uma integração boa com a PM todos os dias. Nos surpreendeu muito essa entrevista deles. Foi deselegante, se deu um protagonismo, quando várias instituições agiram de forma colaborativa”, afirmou o secretário municipal de segurança, Cláudio Beato. Ele também criticou a ação da PM de dispersão dos foliões na terça-feira de Carnaval, à noite, na praça da Estação. “Quando se chega a usar força, bala de borracha e bomba de gás, é porque falhou alguma coisa antes”.

O chefe da sala de imprensa da PM, major Flávio Santiago, ressaltou que o trabalho foi bem-sucedido devido ao apoio de outras forças de segurança dos municípios e que a coletiva feita pela corporação foi para apresentar os dados do Estado, e não de BH. Sobre a ação da PM na praça da Estação, o major afirmou que a corporação agiu rápida e corretamente. “Poderia ter sido pior”, afirmou.

Comércio. Segundo números preliminares da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais, houve um aumento de 10% a 20% no movimento dos bares e restaurantes de BH durante a festa
 

Saiba mais

Trânsito. O presidente da BHTrans, Célio Bouzada, avaliou que os problemas no trânsito não foram grandes, mas o mais crítico teria sido no bloco Funk You, que previa público de 1.500 pessoas e conduziu 15 mil. “O bloco foi um sucesso, mas repercutiu mal na fluidez da rua Aimorés e das avenidas Getúlio Vargas e Contorno. Temos que pensar em ter uma força-tarefa reserva para casos-surpresa”.

Trânsito. Melhorar a comunicação com os usuários de ônibus que tiveram itinerários alterados também é uma preocupação. 

Rádio Super

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