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Mulheres lançam campanha contra assédio no Carnaval de BH

Iniciativa, chamada "Tira a mão: é hora de dar um basta", busca mostrar que a roupa curta não é convite e que o "não" e a vontade da mulher devem ser respeitados

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PUBLICADO EM 20/02/17 - 13h19

Pelo direito de a mulher ocupar, à vontade, o lugar de regente, batuqueira, foliã ou o que ela quiser no Carnaval, sem medo e com liberdade, integrantes de blocos de rua de Belo Horizonte lançaram nesta segunda-feira (20) uma campanha contra o assédio durante a folia na capital. A iniciativa, chamada "Tira a mão: é hora de dar um basta", busca mostrar que a roupa curta não é convite e que o "não" e a vontade da mulher devem ser respeitados.

Assista a um vídeo da campanha:

 

A preocupação tem fundamento, visto que, de acordo com uma pesquisa divulgada no ano passado pela organização internacional de combate à pobreza ActionAid, 86% das mulheres brasileiras ouvidas já sofreram assédio em público em suas cidades. No Carnaval, que vai atrair 2,4 milhões de pessoas à cidade, o temor cresce. "Não queríamos precisar falar sobre isso, mas ainda é necessário, ainda vamos preocupadas com a roupa, com ir sozinha, beber e por onde andar. A mulher já está na rua e sempre esteve à frente do Carnaval, e a gente quer se divertir sem medo", afirmou a representante do bloco Chama o Síndico e uma das organizadoras da campanha, Renata Chamilet.

A ideia da campanha surgiu após uma matéria veiculada por O TEMPO sobre o desfile blocos de rua feministas da capital, no último dia 22, receber comentários machistas na internet. O Clandes Tinas, com bateria e organização compostas exclusivamente por mulheres, era um deles. "Muita gente achou que, sem o apoio dos homens, não conseguiríamos desfilar. Teve homem que assediou, que foi lá só para nos xingar, mas conseguimos ir para a rua com luta e resistência. Todas nós vamos estar na rua no Carnaval, e participar juntas dessa campanha é uma forma de gritar contra o assédio e o machismo", afirmou uma das organizadoras do bloco, Raíssa Bettinelli.

Para difundir a ideia do respeito do no Carnaval, vídeos, fotos, peças e uma marchinha, da compositora Brisa Marques, serão divulgados nas redes sociais. Além disso, a ideia é que os blocos de rua que apoiam a iniciativa, que já somam mais de 30 até o momento, divulguem a campanha nos dias dos desfiles.

Ouça a marchinha:

 

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