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Bicicleta pode ter prioridade em vias do centro da capital

Nas Ciclo Ruas, velocidade máxima é de 30 km/h e automóvel até entra, mas atrás da magrela

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PUBLICADO EM 20/03/15 - 03h00

O esforço para mudar a cultura de trânsito na capital e abrir espaço para uma convivência pacífica entre veículo, bicicleta e pedestre, ganha contornos cada vez mais significativos. Além de discutir a criação de Zonas 30, como O TEMPO adiantou com exclusividade no início do mês, a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) planeja agora implementar outras duas intervenções no tráfego: Ciclo Ruas e Ciclo Rotas. O mapeamento de regiões que podem receber as três modalidades já foi feito e agora será levado para debate com os ciclistas, para, depois, em um terceiro momento, ser apresentado a outras áreas do Executivo, responsáveis por viabilizar a ideia.

A definição dos endereços foi o avanço mais recente. No caso da Zona 30, onde a principal mudança é a redução da velocidade máxima para 30 km/h, foram identificadas três regiões propícias para a alteração. Uma delas fica no bairro Funcionários, entre a região hospitalar e a Savassi. A outra é no bairro Santo Agostinho, no entorno da Assembleia Legislativa. Fecha a lista o bairro Floresta, entre a rua Sapucaí e a avenida do Contorno. Nessas regiões, as máximas variam hoje entre 40 e 60 km/h.

A coordenadora do Pedala BH, da BHTrans, Eveline Trevisan, explica que o objetivo é reduzir as mortes no trânsito e criar um ambiente de convivência harmônica no trânsito.

“Uma cidade onde a gente tem bolsões de velocidade baixa é uma cidade melhor para todos. O principal benefício é a preservação da vida. Um acidente nessa velocidade reduz muito o risco de mortalidade e ainda facilita a travessia”, explicou. Eveline destaca que o estudo é preliminar e feito pelos técnicos da prefeitura. Quando apresentado aos ciclistas, eles podem fazer contribuições.

Ciclo Ruas e Ciclo rotas. Outra ideia é transformar trechos das ruas Gonçalves Dias e Rio de Janeiro em Ciclo Ruas, onde a prioridade é total das bicicletas e os ciclistas podem trafegar inclusive pelas faixas centrais. Os carros até podem transitar no local, desde que respeitem a prioridade dos veículos em duas rodas. Para mostrar a mudança, há sinalizações verticais e horizontais, e podem ser implantadas travessias elevadas de pedestres.

Voluntário na Associação dos Ciclistas Urbanos de Belo Horizonte (BH em Ciclo), Vinícius Mundim destaca que essas ideias estão dando certo em vários lugares no mundo e devem ser testadas aqui. “São ótimas iniciativas que viabilizam também a criação de ciclo rotas, caminhos que oferecem segurança para o ciclista sem precisar de ciclovia. Porém, essas ações não devem ficar restritas à área central e podem ser implantadas em outros centros comerciais”.

No caso das Ciclo Rotas, vias já frequentadas por ciclistas passam a contar com sinalização para alertar os motoristas sobre a presença das bikes. A BHTrans não informou os endereços.

Hipercentro fica fora da Zona 30

Em um primeiro momento, a ideia da BHTrans é deixar o hipercentro da capital fora das áreas que irão receber a Zona 30. No entanto, como ainda haverá discussão com os ciclistas, a inclusão não é totalmente descartada.

Para o voluntário da Associação dos Ciclistas Urbanos de Belo Horizonte (BH em Ciclo) Vinícius Mundim, a discussão sobre o hipercentro vai além dos interesses dos ciclistas e envolve transporte público e pedestres. Porém, ele destaca que já há áreas em que a velocidade de 30 km/h já funciona na prática. “A rua São Paulo, entre Amazonas e Afonso Pena, tem um fluxo de pedestres tão grande que o conflito entre eles e os carros já faz com que os veículos não corram”.

Seminário
A proposta inicial de criação de Zona 30, Ciclo Rua e Ciclo Rotas foi apresentada oficialmente nesta quinta, durante o Workshop Internacional de Mobilidade Urbana, do Projeto Solutions. As discussões envolveram um intercâmbio entre cidades que implementam políticas para incentivo do uso de bicicleta. Representantes da cidade de Bremen, na Alemanha, apresentaram como funciona a ideia de Ciclo Rua e Ciclo Rota no local. No Brasil, iniciativas como essas já existem em Curitiba (PR) e no Rio de Janeiro (RJ).

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