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Investimento

Savassi terá primeira Zona 30

O objetivo é estimular o compartilhamento dos espaços entre carros, bicicletas e pedestres

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PUBLICADO EM 09/05/15 - 03h00

Seguindo uma tendência mundial e apostando no uso de bicicletas para reduzir o número de carros nas ruas, a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) irá implantar, até o fim do ano, o projeto Zona 30, que impõe o limite máximo de 30 km/h para veículos em vias onde a velocidade de circulação normalmente já é baixa. O objetivo é estimular o compartilhamento dos espaços entre carros, bicicletas e pedestres.

O projeto-piloto contempla as vias dentro do perímetro das avenidas Afonso Pena, Getúlio Vargas, Cristóvão Colombo e Brasil. “Faremos um teste nesse trecho e avaliaremos as implicações que ocorrerão para, a partir daí, expandir o projeto para toda a cidade, principalmente na área interna do cinturão da avenida do Contorno”, explica Mauro Luiz Cardoso, supervisor de projetos especiais da BHTrans.

O perímetro foi escolhido com ajuda de grupos de ciclistas. De acordo com Augusto Schmidt, membro do BH em Ciclo, o trecho da rua Gonçalves Dias, entre Afonso Pena e Brasil, será transformado em “ciclorua”, onde a prioridade do tráfego será das bicicletas, mas com a possibilidade de trânsito para carros.

Veja o vídeo com membro do BH em Ciclo sobre a Ciclovistoria e as Zonas 30:

A ideia da Zona 30 foi adiantada por  O TEMPO, na edição do dia 20 de março. A sua implantação descartaria a criação de ciclovias, uma vez que carros e bicicletas compartilhariam o mesmo espaço. Mas serão observadas algumas características. “Podem ocorrer implicações como a criação de estacionamento para bicicletas, ajustes nas geometrias viárias, sinalização vertical e horizontal para que haja melhor compreensão por parte de ciclistas e motoristas”, diz Cardoso. A forma como será fiscalizado o respeito ao limite de velocidade ainda está sendo estudada.

O integrante do grupo de ciclistas Bike Anjo Carlos Edward Campos, 49, elogia a iniciativa, mas ressalta que precisa ser implantada simultaneamente a uma ação de conscientização. “O sonho do ciclista é ter ruas com velocidade baixa para que se possa andar com segurança. As ciclovias cumprem a função delas, principalmente em vias de trânsito intenso, e serve como porta de entrada para o ciclista que ainda não se sente seguro na rua. No entanto, as pessoas precisam aprender a compartilhar a rua”, afirma.


Segundo o especialista em trânsito Osias Baptista Neto, a iniciativa segue recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU), para a Década Mundial de Ações para Segurança do Trânsito, definida em 2011, com a adesão de 142 países. O objetivo é reduzir o número de mortes no trânsito.

“BH segue uma tendência que já é realidade em Paris, Nova York e Madri. A velocidade precisa ser reduzida drasticamente para se evitarem mortes. Em 2010, 1,3 milhão de pessoas morreram em acidentes de trânsito no mundo. Cada 5 km/h que um motorista aumenta no velocímetro, reduz em 30% a possibilidade da vítima de atropelamento sobreviver”, diz o especialista.

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