Nunca se falou tanto em assédios moral e sexual. Mas o que muitos não sabem é que existe o autoassédio, muito comum em pessoas autodepreciativas e que mantêm um padrão emocional negativo contra si e os outros, atraindo, desse modo, todo tipo de consciências afins, ou seja, com o mesmo tipo de padrão de pensamentos e emoções negativas.
Quem explica o assunto é Maximiliano Haymann, pesquisador da conscienciologia desde 1998 e coordenador técnico-científico da Organização Internacional de Consciencioterapia, com artigos publicados no “Journal of Conscientiology e Conscientia”.
“De modo geral, o assediador de si mesmo é aquela pessoa que não precisa de ninguém para se prejudicar e se colocar para baixo. Essas pessoas podem sofrer assédio mais persistente de outra consciência, porque deram permissão para que isso acontecesse, devido ao padrão negativo de pensamentos, de sentimentos e de energias que mantêm. São consciências vitimadas pelo assédio”, diz Maximiliano.
Segundo ele, esse tipo de pessoa deve atuar em duas frentes para deixar de ser assediadora de si mesma. “A primeira é a higiene consciencial com a libertação de pensamentos e emoções tóxicas. Nossos pensamentos podem ser controlados por nós e nossas emoções, no geral, são um reflexo daquilo que pensamos sobre as experiências que temos na vida. A segunda ação importante é a pessoa aprender a mobilizar as próprias energias conscienciais, de modo a aplicá-las de maneira defensiva em relação às intrusões energéticas externas, praticamente onipresentes no nosso dia a dia, mesmo quando não estamos conscientes”, ensina.
Maximiliano ressalta que consciências extrafísicas são pessoas que até há pouco tempo “eram como nós, viviam entre nós e também possuíam um corpo físico. A única diferença entre elas e nós, consciências intrafísicas, é que elas não têm mais o corpo físico e, por isso, não podem se manifestar da mesma forma que nós nesta dimensão”.
Isso também significa, continua ele, que elas mantêm as mesmas características, intenções e crenças, os mesmos apetites e princípios morais (ou amoralidades) que tinham antes de morrer. “O que nos conecta às pessoas, de modo geral, são as afinidades, os interesses em comum, sejam eles nobres, positivos ou nem tanto”, revela o professor.
Diferentemente do que ocorre nesta dimensão, o dinheiro não vale nada para as consciências que já não têm o corpo físico.
“Extrafisicamente, a maior moeda de troca, o valor mais cobiçado pela maioria das consciências extrafísicas sem lucidez quanto à realidade evolutiva maior, são as energias conscienciais. Por meio das energias vampirizadas das consciências intrafísicas incautas, muitas dessas consciências extrafísicas visam ter novamente certas sensações humanas mais densas, a exemplo de prazeres e vícios (por isso, dificilmente alguém, de fato, está usando alguma droga sozinho), outras sentem-se inebriadas pelo poder de drenar as energias conscienciais dos seres a sua volta”, observa Maximiliano.
É o caso de Francisco C., 59, que demorou mais de 20 anos para largar o vício. Ele teve a sorte de contar com a ajuda de uma amiga, que, preocupada com sua situação, o incentivou a participar de reuniões de aconselhamento em uma casa de estudos kardecistas.
“Minha vida estava totalmente caótica. Saía do trabalho direto para o bar. Eu não tinha vontade própria, e não havia limite para a quantidade de bebida. Quando entendi que eu poderia estar sofrendo influência de espíritos desencarnados que usavam meu corpo para alimentar seus vícios, senti pânico e parei de beber”, lembra.
Conceito
Conscienciologia. Essa ciência considera que o assédio interconsciencial é ainda mais abrangente, pois nele são observados também os aspectos multidimensionais. É preciso ter ética cósmica.
AGENDA: A palestra gratuita “Autodesassédio” acontece no próximo dia 23, às 19h30, no Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia, na rua Padre Marinho, 455, 7º andar. Informações: (31) 3222-0056.
Parapsiquismo
Sensibilidade existe em todos
FOTO: Arquivo pessoal |
Maximiliano Haymann fará palestra gratuita em Belo Horizonte |
Em um mundo em que as pessoas focam apenas o que é tangível, as manifestações energéticas acabam sendo desprezadas. No entanto, a interferência das consciências extrafísicas pode chegar a adoecer os seres encarnados.
“Esse tipo de assédio se dá por intermédio das energias conscienciais, no caso patológicas, e elas podem afetar o corpo físico. Portanto, quanto mais crônico o assédio, maiores serão as consequências sobre a saúde”, diz Maximiliano Haymann.
Por outro lado, vale se questionar quem é a pessoa mais doente em termos evolutivos. “Seria aquela que tem alguma doença física ou aquela que tem um padrão de pensamentos, emoções, energias e intenções tóxicas, capazes de afetar negativamente a si mesma e os demais que vivem a sua volta?”, indaga Maximiliano.
Ele acredita que, futuramente, a ciência entenderá melhor as causas energéticas (energias conscienciais) de inúmeras doenças físicas.
O pesquisador ressalta que todas as pessoas têm algum tipo de sensibilidade parapsíquica, o que varia é o nível de desenvolvimento do parapsiquismo pessoal, que é resultado de quanto a pessoa investiu ou investe em pesquisar vidas passadas para desenvolver esse atributo.
“O parapsiquismo é como qualquer outro tipo de inteligência; quanto mais você procurar desenvolvê-lo, maiores serão suas habilidades. É plenamente possível para qualquer pessoa se desenvolver parapsiquicamente a ponto de detectar, prevenir e evitar qualquer tentativa de intrusão energética indesejada sobre si”, comenta. (AED)
Consciência
Ignorância não livra pessoa de ocorrências
Autoassédio é aquele praticado pela pessoa contra ela mesma. Autodesassédio é quando o próprio indivíduo trabalha visando à autocura.
“É preciso entender e experienciar a existência dessa realidade multidimensional e energética mais ampla, sem preconceitos ou dogmas, por meio de abordagem científica e técnica. Quando a pessoa passa a conhecer como funciona a interação entre consciências intrafísicas e extrafísicas, mais do que apenas se proteger contra algum tipo de problema que isso possa causar, ela pode atuar de maneira mais consciente para ampliar a própria lucidez, bem como auxiliar as pessoas em geral a partir dessa cognição”, argumenta Maximiliano Haymann.
Para ele, o desconhecimento desse universo não livra a pessoa de seus eventuais efeitos sobre sua vida. “Hoje ocorre algo parecido com o que ocorria há alguns séculos, quando se desconhecia a existência dos microrganismos e se atribuíam explicações para as doenças causadas por esses microsseres”, observa. (AED)