Pequenos ou grandes frotistas sabem o quanto é importante cuidar de seus caminhões para garantir o máximo de lucro. Desde a prevenção de problemas mais sérios na parte mecânica até alterações no consumo de combustível, muitos fatores dependem da forma como os cavalos mecânicos são tratados por seus donos. “Agilidade e flexibilidade nos serviços são fundamentais para manter a frota rodando com eficiência”, atesta Antonio Baltar, gerente de marketing e vendas da Ford Caminhões. Só isso já seria suficiente para as fabricantes investirem em planos de manutenção atraentes para cada tipo de cliente. Mas outro fator acentua a necessidade de atenção na área de pós-vendas: a crescente queda no consumo – em 2015, já beira os 45%, em comparação com 2014. “Nesse cenário, a venda de peças e serviços ganha uma importância ainda maior”, entrega Marcus Souza, responsável pelos planos de manutenção da Iveco.
Custo fixo. Uma das principais vantagens listadas aos transportadores na hora da aquisição de um plano de manutenção é a possibilidade de prever os custos. “No nosso Programa de Manutenção Premium, o cliente troca gastos variáveis por um fixo e paga apenas pelo quilômetro rodado no mês, sem surpresas”, exemplifica Pietro Nistico Neto, gerente de vendas de peças e serviços da Scania no Brasil. A marca iniciou seus programas de manutenção em 2010 e, de lá para cá, já atingiu um total de 41,5 mil planos comercializados.
Outro ponto a favor das fabricantes para atrair mais adeptos desses serviços é a promessa de um valor de revenda mais interessante. “Um veículo em bom estado e com a manutenção em dia é valorizado na hora de uma negociação”, atesta Sérgio Beraldo, gerente executivo de pós-vendas da MAN Latin América. “O mercado sabe que veículos que passaram somente pelas nossas concessionárias estão em dia com as manutenções e, por isso, têm disponibilidade maior”, defende Serafim, da Volvo. Na Iveco, ao final do contrato, um certificado assinado pela marca comprova o período em que o caminhão esteve coberto pelo contrato. “Na prática, esse histórico de procedência pode acrescentar de 10% a 15% ao valor de revenda”, garante Marcus Souza, responsável pelos planos de manutenção da fabricante italiana.
Para agradar os clientes, vale ampliar a oferta de serviços. A Mercedes-Benz, por exemplo, lançou neste ano o Mercedes Service Card, em parceria com a Ticket – responsável pelo Ticket Car, de consumo de combustível. A aliança resultou em um cartão que junta os custos relacionados a diesel, peças e serviços para frotistas de caminhões, ônibus e comerciais leves. “Somos a primeira fabricante de veículos comerciais do Brasil a oferecer esse tipo de vantagem. É uma ferramenta eficaz para controlar e gerir as despesas”, avalia Ari de Carvalho, diretor de marketing e vendas de caminhões da marca alemã no Brasil.