Samuel Green, estudioso do islamismo, avaliou cuidadosamente o evangelho atribuído a Barnabé e diz que ele “é uma falsificação medieval e contém anacronismos que podem datar apenas da Era Medieval e não antes. Além disso, apresenta uma compreensão deturpada das doutrinas islâmicas, chamando o profeta de messias, quando o islã não o chama assim. Traz uma noção ridícula da história sacra, e seu estilo é uma paródia medíocre dos evangelhos. O conteúdo, o método e o estilo são muito similares ao ‘Evangelho segundo o Islã’ escrito por Ahmad Shafaat, um muçulmano”.
Livro não é de discípulo
Outro questionamento feito por Samuel Green é em relação à autoria do documento. “Quem mais, exceto um muçulmano, iria querer fazer com que o evangelho concordasse com o islã? O objetivo desses livros é tentar convencer as pessoas que Jesus ensinou o islã e profetizou a vinda de Mohamed. O autor desse livro não estava familiarizado com linguagem, história ou geografia do tempo de Jesus. Ele tem muitas ideias do século XIV, e as evidências manuscritas datam do século XV para cá. Por essa razão é racional concluirmos que o livro foi composto no século XIV d.C. e não no primeiro século por um discípulo de Jesus”.