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“Ausência de maquiagem é a tendência de beleza da vez; efeito é obtido com ajuda de diversos produtos para se obter um resultado ‘nada’


Publicado em 16 de novembro de 2014 | 04:00
 
 
 
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Vem da tendência à simplicidade a aura da maquiagem da vez, vista na grande maioria dos desfiles das últimas temporadas de moda: quase nada. Desde as semanas de verão 2015, em Nova York, Londres, Milão e Paris, ao nosso inverno 2015, em Minas e São Paulo, o make é superneutro. Há quem torça o nariz e ache de uma falta de graça sem fim. Tem a ver também com a falta de originalidade: faz-se no Brasil o que é visto nas passarelas internacionais. 

A tal “beleza natural”, especialmente a de desfile, no entanto, não existe. Ela é parte de uma construção. “Esse efeito é obtido com ajuda de diversos produtos para se obter um resultado ‘nada’, ao contrário do que pensam as mulheres”, diz o maquiador Luiz Bicalho, integrante das equipes dos make-up artists Robert Estevão, Henrique Melo, Silvio Giorgio, Ricardo dos Anjos e Daniel Hernandez e que trabalhou em 13 desfiles no SPFW. “Hoje a maioria das marcas quer apresentar uma beleza ultranatural para dar ênfase às roupas”, diz.

Sobre uma passarela, no entanto, passam meninas de rosto lindo, que ainda não ultrapassaram os 20 anos. “Para mim a cara lavada não é uma tendência, mas um acabamento natural no que se refere à pele”, afirma Bicalho. Segundo o maquiador, algumas (poucas) grifes, como Victor Dzenk, Iódice, Têca e Lilly Sarti investiram também em tons de cobre e vinho. Na vida real queremos mais é dar uma forcinha ao que temos de mais bonito, e para isso, nada melhor do que a boa e velha maquiagem, por que não? Luiz acredita que o que vale é se jogar. “Com moderação, há de respeitar o próprio estilo de vida”, completa.

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