Por onde andam esses famosos?
Algumas pessoas marcam época e acabam por fazer parte da formação cultural de determinada geração. Seja um apresentador de programa de sucesso entre as crianças, ou autor de um hit na novela das nove, ou um exemplo de superação, essas pessoas passam a fazer parte da vida de uma nação, ser conhecidas em todos os lugares, estar em todas as capas de revistas do país.
“A celebridade costuma ser aquele que consegue representar anseios coletivos de uma época, uma espécie de vetor dos valores da sociedade. Quanto mais ampla sua capacidade de representação e de exposição, mais ampla sua fama”, explica o pós-doutorando em comunicação social da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Renné França.
Além de dar visibilidade a tudo em que se envolvem, os famosos têm um importante papel social. “Em um mundo dominado pelas imagens e pela valorização do instantâneo, o exemplo parece mais rápido e eficiente: quero ser bonito como ele, quero ganhar dinheiro como aquele, quero ser corajoso como o outro. Nesse sentido, as celebridades, em graus variados, se tornam arquétipos heroicos: exemplos de sucesso a serem seguidos ou de insucesso a serem evitados”, analisa o professor.
Esquecimento. Em alguns casos, a notoriedade é passageira. Segundo França, é possível ser momentaneamente famoso, com base na exposição da imagem. “Mas esse tipo de fama dá mais trabalho para se manter”, pondera.
Para ele, no entanto, uma vez famosa, a pessoa nunca será esquecida. “Uma vez exposta, sua vida é de alguma forma arquivada, pois ela afetou, mesmo que por um momento, a vida das pessoas: e na maioria dos casos, sua exposição está documentada em fotografias, vídeos etc”.
Valéria Valenssa
Uma das mulatas de beleza mais aclamada do país, Valéria Valenssa foi a cara – e o corpo – do Carnaval por 14 anos. Passou por uma forte depressão depois da fama e se converteu à igreja evangélica. Neste ano, ela voltou à Marquês de Sapucaí, mas não sambou: só assistiu ao desfile da Beija-Flor de Nilópolis.
Samuel Costa
Nacionalmente conhecido como o “Menino Maluquinho” do cinema, há cerca de quatro anos o ex-ator Samuel Costa, 29, tem se dedicado a operar os holofotes – em vez de estar sob a luz. Formado em publicidade, ele agora é um dos proprietários da Blues Filmes, produtora de vídeos para plataformas digitais.
Vinny
Quem viveu no Brasil em 1997 ainda se lembra do hit absoluto “Heloísa Mexe a Cadeira” – e, provavelmente, cantou o refrão mentalmente agora. O autor do sucesso, o cantor Vinny, continua no ramo da música. Para setembro, tem quatro shows agendados em Porto Alegre e no interior de Minas Gerais e do Rio de Janeiro.
Roy Rosselló
Meninos e meninas requebravam ao som de “Não se reprima”, dos Menudos, na década de 80. Passada a fama, Roy Rosselló, um dos membros da boy band porto-riquenha, escolheu a cidade de Londrina, no Paraná, como lar, tem uma marca de joias e acaba de lançar mais um single, “Echa Pa Ca”.
Rosana Garcia
Eternamente Narizinho, da primeira versão do “Sítio do Pica-pau Amarelo” (1977 a 1980), Rosana Garcia tem feito pequenas aparições na TV. Desde 2001, sua principal função tem sido como preparadora de elenco. Neste ano, ela trabalhou na novela “Em Família”, de Manoel Carlos, que se encerrou em julho.
Lídia Brondi
Ícone pop das décadas 70, 80 e 90, a ex-atriz Lídia Brondi, 53, sumiu dos olhos do público após o fim da novela “Meu Bem, Meu Mal”, de 1991. Supostamente com síndrome do pânico – fato negado por ela –, a atriz resolveu fazer psicologia e atuar na área. Hoje ela evita dar entrevistas e falar sobre sua primeira carreira.
Luciano Amaral
Os atores do “Castelo Rá-Tim-Bum”, da TV Cultura, não estão só na exposição do Museu da Imagem e do Som, em São Paulo. Luciano Amaral (Pedro, foto), que completa 35 anos amanhã, apresenta um programa de games na TV fechada. Cynthia Raquel (Biba), 34, tem um blog de beleza. Freddy Allan (Zequinha) 29, atua no teatro.
Fernanda Karina Somaggio
A secretária Fernanda Karina Somaggio foi a faísca para um dos maiores incêndios políticos do país: o mensalão. Ela denunciou o esquema de Marcos Valério, seu ex-chefe. A última notícia que se teve dela foi numa matéria da “IstoÉ”, em 2012, quando morava no interior de São Paulo, cuidava da família e estudava biologia.
Zélia Cardoso de Mello
Zélia Cardoso de Mello foi ministra da Fazenda entre 1990 e 1991. Foi ela quem anunciou o Plano Collor, que congelou as economias de grande parte dos brasileiros. Aos 50 anos, ela mora em Nova York há 17, é sócia de um pequeno banco de investimentos e continua defendendo a privatização da Petrobras.
Wanderley Tribeck
Wanderley Tribeck, ou Wandeko Pipoca, ficou famoso com a fantasia de Bozo – palhaço de um programa na então TVS (SBT). Após deixar a TV, em 1985, e casado com uma “amiguinha” (fã do programa à época), enfrentou crises de depressão e alcoolismo. Ele se converteu à religião evangélica e é pastor há cerca de dois anos.