Sete novas bactérias benéficas à agricultura brasileira foram identificados por pesquisadores da Embrapa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Segundo os especialistas, as espécies são promotoras de crescimento das plantas, dispensando o uso de adubos.
As novas espécies (Rhizobium e Bradyrhizobium) trazem benefícios às culturas da soja, do feijoeiro, do feijão-caupi e da leucena, com importância para a alimentação humana, animal, como adubo verde e com potencial para reflorestamento.
Além de benéficas, as bactérias têm importância ambiental e econômica, já que são capazes de captar o nitrogênio (N2) presente no ar, representando 78% dos gases da atmosfera, e transformá-lo em uma forma de nitrogênio assimilável pelas plantas.
A utilização dessas bactérias pode trazer às culturas da soja, do feijoeiro e do feijão-caupi, cerca de 18 bilhões de dólares anuais, que deixam de ser gastos com fertilizantes nitrogenados nessas culturas. Além disso, existe o grande benefício na mitigação de gases de efeito estufa, com uma estimativa equivalente a mais de 45 milhões de toneladas equivalentes de CO2.
Veja mais detalhes sobre as novas bactérias:
Rhizobium leucaenae - Fixa nitrogênio com o feijoeiro e leucena, explicando o nome leucaenae.
Rhizobium freirei - Fixa nitrogênio com o feijoeiro. O nome foi dado em homenagem a um grande pesquisador brasileiro que trabalhava com FBN, professor João Ruy Jardim Freire.
Rhizobium paranaense - Também é simbionte do feijoeiro e o nome foi dado em homenagem ao Paraná.
Bradyrhizobium diazoefficiens - Nodula a soja de modo muito eficiente.
Bradyrhizobium manausense - Isolada de feijão-caupi, o nome se refere ao fato de que foi isolada na Amazônia, em Manaus.
Microvirga vignae - Isolada de feijão-caupi na região do semiárido brasileiro.
Bradyrhizobium ingae - Nodula ingá (Inga laurina), uma árvore conhecida pelos frutos doces e com potencial para reflorestamento e foi isolada em Roraima.