Brasil de fora

Amazon vende online itens personalizados em impressoras 3D

Por enquanto, serviço funciona apenas nos Estados Unidos


Publicado em 29 de julho de 2014 | 03:00
 
 
 
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Está mais fácil para qualquer pessoa ser o designer dos seus próprios objetos sem precisar comprar uma impressora 3D. A varejista online Amazon inaugurou ontem uma área do seu site que vende objetos feitos por impressoras 3D. Os consumidores podem comprar brincos, bonecos, capas de smartphones, objetos de decoração e até suportes para câmeras.

A má notícia para os brasileiros é que, por enquanto, os objetos criados em 3D à venda na Amazon ainda não são despachados para o Brasil. O único jeito é se registrar no site com um endereço norte-americano válido. São mais de 200 itens, que podem ser totalmente personalizados. Em um boneco, o comprador pode mudar a cor da pele e dos olhos, o estilo de penteado e a roupa, por exemplo. O item também pode ser girado na tela para melhor visualização dos detalhes.

“A personalização é algo no qual estamos muito interessados”, disse a diretora de vendas da Amazon, Petra Schindler-Carter. “Sempre buscaremos novos usos para isso”. Em entrevista, ela disse que produtos impressos em 3D permitem à empresa ajudar vendedores, designers e fabricantes a atingir milhões de consumidores com uma experiência criativa de compra, personalizando um número potencialmente infinito de produtos, e “a bons preços”.

Aí depende do bolso. Um bonequinho como o da foto acima custa US$ 29,99. Brincos no formato “da sua molécula favorita”, como de cafeína ou dopamina, são vendidos a partir de US$ 30, depende do tamanho da peça. Entre os itens mais caros, está uma cabeça de tiranossauro Rex, para decoração, por US$ 185,41, com frete grátis. Os produtos mais simples são entregues em poucos dias. Os mais elaborados podem levar até três semanas para serem despachados.

Prejuízo. A Amazon, que tem mais de 240 milhões de usuários, ampliou para incluir novas áreas, como arte e vinhos. Isso faz parte do investimento maior da empresa em novas áreas, como serviços móveis e conteúdo original, que levou ao prejuízo pior que o esperado.

A receita da Amazon cresceu 23% no segundo trimestre deste ano, para US$ 19,3 bilhões, mas a empresa teve o seu maior prejuízo em quase dois anos: US$ 126 milhões. No mesmo período do ano passado, ela havia perdido US$ 7 milhões. A companhia trabalha com estimativa de lucro muito baixa, reinvestindo seu faturamento em novos negócios e produtos.

Loja nacional terá títulos impressos

Rio de Janeiro. Um ano e meio após lançar a versão brasileira de sua loja online vendendo apenas livros eletrônicos – algo que nunca tinha feito antes no mundo –, a Amazon está prestes a começar a vender artigos em papel no país. Segundo fontes do mercado editorial, a venda deve começar até o fim de agosto.

Os contratos com as grandes editoras começaram a ser assinados no início do ano. No momento, a companhia conclui acordos com algumas editoras de médio porte. Já as menores estão fechando contratos com distribuidoras para incluir suas obras no catálogo.

Flash

Novidades. O diretor financeiro da Amazon, Tom Szkutak, reiterou que a empresa está mais interessada em investir em novas oportunidades, como os serviços de armazenamento em nuvem, por exemplo, do que gerar lucro no curto prazo.

Flash

Mercado. Algumas start-ups já oferecem acesso ilimitado. A principal é a Oyster, dos EUA, que cobra US$ 9,95 por mês e dá acesso a 500 mil obras.

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