A defesa da atendente Renata Soares da Costa, 19, que confessou ter doado o filho de 2 meses para um casal de adolescentes do Rio de Janeiro, no último sábado, entrou nesta quarta com um pedido de liberdade provisória para a jovem, presa desde segunda no Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) Centro-Sul, em Belo Horizonte.
“Ela não tem antecedentes criminais, e tem emprego e residência fixa. Portanto, não há motivo para ela ficar presa”, justificou a advogada Claudineia de Souza. Segundo ela, até amanhã, Renata deve revelar os motivos que a levaram a doar o filho. Anteontem, após rápido depoimento na Divisão Especializada de Operações Especiais da Polícia Civil (Deoesp), ela se encontrou pela primeira vez com o marido, o vigilante Johney Lima Santos Nulhia, 24, depois da prisão.
A advogada informou ainda que Renata queria falar primeiro com Nulhia antes de contar para a mídia porque doou o filho. “O que eu posso adiantar é que ela vinha de um quadro de depressão e que estava com ciúmes de Nulhia com o filho. De qualquer forma, ela não envolveu um terceiro na doação”, garantiu.
Investigação
Hipótese. A Polícia Civil investiga a possibilidade de uma rede de tráfico de crianças existir em Minas. Os policiais devem ir ao Rio de Janeiro para interrogar o casal que recebeu a criança.