A escassez de recursos se acentuou, na avaliação de dirigentes das universidades. Em junho, foi comunicado às instituições que o contingenciamento deveria ser de 47% no capital e de 10% no custeio. Porém, se os recursos não forem liberados, seis federais ouvidas pela reportagem alegam que não conseguirão se manter até o fim deste ano.
“O recurso está vindo a conta-gotas e é insuficiente para pagar as contas. Estamos conversando com o MEC (Ministério da Educação) para saber o que é possível ser liberado”, informou a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), por meio da assessoria de comunicação, sem citar valores.
O MEC ainda não informa valores nem percentuais de ajustes, apenas confirma o corte de R$ 1,9 bilhão dos R$ 9,5 bilhões previstos na Lei Orçamentária Anual de 2015, aprovada em abril. Mas somente em agosto o ministério dirá como será a distribuição desse corte e como os institutos serão realmente afetados. Para essa definição, o secretário de Educação Superior do MEC, Jesualdo Farias, recebeu todos os reitores individualmente. “As obras com mais de 70% de execução serão prioridade”, informa a nota.
Greve. Com o futuro incerto e um contexto atual de greve nacional de servidores técnico-administrativos, pelo menos quatro instituições mineiras suspenderam o calendário e adiaram as aulas, que começariam na próxima segunda-feira, por tempo indeterminado. É o caso de Ouro Preto, de Lavras e do campus de Teófilo Otoni da UFVJM.
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) se reúne até amanhã para definir o início do semestre letivo.