Rio Pardo de Minas

Com ossada, investigação do caso Emilly muda de foco

Segundo delegado, polícia passa a apurar um caso de homicídio e não mais de sumiço

Ter, 19/09/17 - 20h54

A comprovação de que a ossada encontrada em Rio Pardo de Minas, no Norte do Estado, é de Emilly Ketlen Ferrari muda a estratégia de investigação da Polícia Civil. É como se o caso recomeçasse do zero. “Por ser um homicídio qualificado, agora com ocultação de cadáver, não posso dizer que estamos na reta final, estamos no início de novas possibilidades”, informou o delegado Luís Cláudio Freitas do Nascimento, responsável pelas apurações.

A garotinha sumiu de casa há quatro anos, quando tinha 7 anos, e nunca mais foi vista. No dia do desaparecimento, ela brincava de boneca na porta de casa e usava um vestido preto.

Agora, não se trata de investigar um desaparecimento e sim um assassinato. A linha de investigação é mais ampla, conforme o delegado. Mas o policial está convicto de que vai encontrar uma resposta na região. Ele vai ouvir novas testemunhas, além de escutar novamente pessoas que já prestaram depoimento. O delegado garantiu que “mais cedo ou mais tarde, a polícia chegará aos autores, sem dúvida nenhuma”. A reportagem tentou contato com a mãe de Emilly, Tatiany Ferrarri, mas ela não estava em condições de falar.

O delegado pediu a ajuda da população por meio do Disque Denúncia, o 181. “Poderia facilitar para a polícia se alguém desse alguma informação”, disse. As identidades dos colaboradores são mantidas em sigilo.

Hipóteses

Várias teorias sobre o paradeiro da pequena foram cogitados, inclusive o envolvimento do pai e tráfico de crianças. Em abril deste ano, porém, uma ossada foi encontrada a 8 km do município, em uma zona rural. Um maquinista foi quem acionou a polícia.

Anteontem, a Polícia Civil confirmou que os restos mortais eram de Emilly. A comprovação veio depois de um exame de DNA realizado pelo Instituto Médico-Legal (IML), em Belo Horizonte. 

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