Bairro União

DEER-MG explica suposta rachadura em viaduto na Cristiano Machado

Segundo Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais, ruptura na estrutura trata-se na verdade de uma junta de dilatação

Sex, 11/11/16 - 20h40
Imagem divulgada pelo DEER-MG nesta sexta-feira (11) para elucidar a suspeita de problema no local | Foto: DEER-MG/Divulgação

O viaduto Henriqueta Lisboa, que liga a avenida Bernardo Vasconcelos à avenida Cristiano Machado, na altura do bairro União, na região Nordeste de Belo Horizonte, voltou a preocupar motoristas e pedestres da capital por causa de uma mensagem que circula no WhatsApp relatando uma rachadura no elevado. O texto e a imagem sobre a suposta ruptura são compartilhados pelos usuários da rede social que temem que um desastre aconteça no local assim como aquele que matou duas pessoas e feriu 23, em 2014, com a queda do viaduto Batalha dos Guararapes, na avenida Pedro I, no bairro São João Batista, em Venda Nova.

Para esclarecer a situação e tranquilizar os cidadãos, o Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER-MG) divulgou nesta sexta-feira (11) um comunicado informando que a “rachadura” no Henriqueta Lisboa trata-se na verdade de uma junta de dilatação.

De acordo com o DEER-MG, o dispositivo serve para permitir a livre movimentação das estruturas que compõem o elevado. “Neste viaduto em particular, esta junta foi posicionada estrategicamente onde se dá a transição de um viaduto, que vem da avenida Bernardo Vasconcelos, para duas alças independentes que se bifurcam, uma para a avenida Cristiano Machado e outra para o Minas Shopping”, explica o departamento, em nota.

Em julho de 2014, pouco depois do desabamento do Batalha dos Guararapes, o boato sobre a existência de uma rachadura no viaduto Henriqueta Lisboa teve grande repercussão depois que um motorista publicou um vídeo no Facebook mostrando a junta de dilatação. “Vocês viram o tamanho da trinca? Misericórdia. Cuidado. Passar aqui, não fica debaixo dele não”, disse, assustado.

A situação foi esclarecida em matéria publicada no dia 27 daquele mês no portal O Tempo pela repórter Fernanda Viegas. A reportagem mostrou uma publicação na internet do então vice-presidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de Minas Gerais (Ibape-MG), Clemenceau Chiabi Saliba, com explicações sobre o recurso utilizado no elevado.

“Nada de pânico! Essas supostas 'trincas' são apenas a junta de dilatação do viaduto, que todas as pontes e viadutos têm. As imagens de cima do tabuleiro esclarecem completamente a situação. Forte abraço e menos estresse”, disse Saliba.

O viaduto Henriqueta Lisboa foi construído junto com a Linha Verde há cerca de 12 anos. O elevado, de responsabilidade do DEER-MG, é inspecionado, segundo o departamento, de tempos em tempos. A nota divulgada nessa sexta informa que a estrutura foi vistoriada recentemente, mas o comunicado não informa a data.

"O Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais realizou vistoria no viaduto Henriqueta Lisboa, localizado na região Nordeste de Belo Horizonte, e descarta qualquer instabilidade no mesmo. O que aos olhos do público leigo vem sendo classificado como trinca e divulgado, sobretudo pelas redes sociais, não passa de junta de dilatação", garante o DEER-MG.

A reportagem tentou contato na noite desta sexta, por telefone, com o DEER-MG e com a assessoria de plantão do governo do Estado, mas as ligações não foram atendidas.

---

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.

Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.