Dos animais mais velhos

Rinoceronte morre no Zoológico de BH nesta quarta

Doran era um dos animais mais velhos do espaço e vivia junto com uma rinoceronte fêmea

Qua, 21/02/18 - 15h12

Um rinoceronte que vivia há de 22 anos no Zoológico de Belo Horizonte morreu na manhã desta quarta-feira (21). De acordo com a assessoria de imprensa do Zoológico, Doran era um dos animais mais velhos do espaço, e vivia junto com uma rinoceronte fêmea. 

Nascido no Usti Nad Lambem Zoo da República Tcheca em 1991, Doran, que chegou no zoológico de BH em 1996, vivia em um recinto junto com Luna, atualmente com 48 anos de idade. 

"Doran apresentava, desde 2009, quadro de pododermatite, doença crônica comum em rinocerontes, e mais recentemente, outras lesões surgiram em seu corpo, de forma secundária, em decorrência da doença. Ele vinha recebendo intensos cuidados no zoológico, com monitoramento contínuo das equipes técnicas (médicos-veterinários, biólogos e tratadores). O tratamento consistia em cuidados com os pés e mãos do animal, como cortes das unhas, curativos diários, manejo da dor e controle de possíveis infecções durante as crises", diz nota da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica.

Exame necroscópico feito nesta quarta-feira concluiu que as lesões são compatíveis com o quadro crônico de pododermatite.

Condições questionadas

No ano passado, depois de uma vistoria de vereadores, foi instalado um piso mais macio para o rinoceronte que sofria com uma inflamação no casco das patas, que dificultava sua locomoção.

Por meio de nota o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel) questionou o número de funcionários e se os animais estão bem cuidados. “Restam dúvidas se as intervenções nos recintos e se o número de tratadores disponíveis na Fundação foram suficientes para suprir as necessidades dos animais que são de alto custo”, escreveu a assessoria

O Sindibel informou ainda que nos últimos três anos o Zoológico perdeu um camelo, um leão, um hipopótamo, uma zebra e a última girafa, todos oriundos de outros países. “A substituição foi feita apenas para o leão e para o camelo, que estão cada vez mais difíceis devido ao alto custo. As substituições são permitidas apenas por meio de permuta ou cessão de outros zoológicos”, informou o Sindibel.

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