NO BAIRRO POMPEIA

Suspeito de matar PM em trailer vai aguardar julgamento em liberdade

Advogado do agente penitenciário afirma que seu cliente não tem antecedentes criminais e agiu em legítima defesa

Dom, 09/10/16 - 13h20
Disparos aconteceram em um trailer de sanduíches com a presença de várias testemunhas | Foto: Reprodução/YouTube

O agente penitenciário, de 32 anos, suspeito de matar o policial militar João Paulo Martins Ananias, de 28, na madrugada desse sábado (8), em um trailer de sanduíches no bairro Pompeia, na região Leste de Belo Horizonte, vai aguardar o julgamento em liberdade.

De acordo com o advogado Lucas Laire, o agente penitenciário conseguiu a liberdade provisória neste domingo (9) em uma audiência de custódia. O suspeito estava preso na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, onde ficou em uma área reservada para servidores públicos e policiais. Ele foi detido ainda no sábado em uma casa próxima ao local do crime. Não houve resistência à prisão.

“Ficou comprovada (pela Justiça) a inexistência dos requisitos de prisão preventiva. Dessa forma, meu cliente vai responder o processo em liberdade. A delegada responsável pelo caso vai agora concluir o inquérito, o Ministério Público vai oferecer a denúncia e o processo vai ser julgado perante o tribunal do júri”, afirmou Laire.

Segundo o advogado, o seu cliente mantém a versão dos fatos dada aos policiais. O suspeito disse que estava no bar quando observou um homem agressivo e alcoolizado pegando uma arma enquanto discutia com o proprietário. O agente penitenciário afirmou que realizou um disparo e, como o militar não se conteve, ele atirou mais uma vez. "Ele (suspeito) agiu em legítima defesa e interveio como qualquer outra pessoa faria diante de uma postura lamentável do policial. O meu cliente ainda contou que o policial não anunciou em momento nenhum que era militar”, observou o advogado.

Policial estava de folga

Segundo a assessoria da Polícia Militar (PM), o soldado estava de folga e à paisana na companhia de sua mulher. Ele foi socorrido, inconsciente, por militares e morreu durante o socorro no Hospital João XXIII. A morte do policial foi confirmada para a corporação às 8h15 de sábado.

Veja o momento dos disparos:

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