Reduzir filas

Eleições em BH: João Vítor Xavier quer utilizar ociosidade de hospitais privados

Para isso, o deputado estadual se inspira no programa conhecido como “Corujão da Saúde” realizado pela Prefeitura de São Paulo

João Vítor Xavier durante convenção do Cidadania | Foto: Ramon Bitencourt / O Tempo
Lucas Henrique Gomes
01/10/20 - 17h05

O candidato à Prefeitura de Belo Horizonte pelo Cidadania, João Vítor Xavier, quer diminuir as filas para consultas e cirurgias na saúde pública da capital utilizando a ociosidade da rede privada na cidade. Para isso, o deputado estadual se inspira no programa conhecido como “Corujão da Saúde” realizado pela Prefeitura de São Paulo.

Xavier, entretanto, não quer dar um nome para o projeto caso seja eleito. “Aqui não vamos dar nome de marketing porque o que a gente quer é solução”, disse.

Para o parlamentar, a rede privada possui horário, equipamentos, máquinas e profissionais ociosos. “Então a ideia é conveniar saúde pública da prefeitura com a ociosidade das redes privadas e também com a dos filantrópicos que são muito bem estruturados. Fui deputado que mais colocou recursos na rede pública de Belo Horizonte através dos hospitais filantrópicos, então conheço bem e perto de hospitais como a Santa Casa”, declarou.

O postulante ao Executivo da capital prefere não ver o tema saúde como problema, mas como um potencial a ser desenvolvido. Pelo fato de a cidade concentrar boa parte dos atendimentos de alta complexidade do Estado, João Vítor Xavier considera que há condição de fortalecer o que chamou de turismo da saúde em Belo Horizonte. “Isso é geração de emprego, geração de renda e oportunidade. A saúde já é um dos cinco maiores empregadores do nosso município e nós podemos crescer esse número ainda mais, tanto na rede pública, como na privada. Vou dar um exemplo (do turismo da saúde): o MaterDei ele já tem uma parcela expressiva dos seus atendimentos de pessoas que vêm de outros Estados, por exemplo por convênio que eles têm com a Vale. Então os hotéis ficam cheio, setor de alimentação ganha com isso, o setor de transporte ganha, a economia da cidade ganha porque essas pessoas são de fora e elas vão na farmácia, no restaurante, e os hospitais também estão trabalhando e gerando emprego”, detalhou.