Eleições 2020

Eleições em BH: Wanderson Rocha critica gestão da educação municipal na pandemia

Candidato do PSTU discute plano de governo com bibliotecários nesta segunda-feira

Por Carlos Amaral
Publicado em 28 de setembro de 2020 | 20:05
 
 
Wanderson Rocha participa de debate com bibliotecários. Foto: Reprodução/Youtube

No segundo dia oficial de campanha, Wanderson Rocha, candidato à prefeitura de BH pelo PSTU, concentrou sua agenda em atividades internas do partido. Ele ainda participa na noite desta segunda-feira (28) de um debate promovido pelo Observatório das Bibliotecas, sobre políticas públicas para bibliotecas, livros, leitura e literatura. O evento online tem a participação do candidato e de membros do Conselho Regional de Biblioteconomia.

Na área da educação, uma das propostas do plano de governo da chapa encabeçada por Wanderson é ampliar as bibliotecas públicas da cidade e leva-las a mais bairros periféricos.  Para o candidato, a educação é uma questão urgente para a próxima administração. O partido coloca em seu planejamento o investimento de 30% do orçamento de BH na área.

Além de defender outras questões relativas à descentralização, ele diz que o governo de Alexandre Kalil (PSD), também errou pelo autoritarismo na gestão educacional, em suas palavras, um reflexo da maneira do prefeito conduzir toda a prefeitura. Segundo Rocha, desde março, quando começou a pandemia, o comando da educação municipal não procurou pelo sindicato responsável pelos trabalhadores da educação da cidade, para discutir a situação dos professores, apoiar e indicar saídas da crise. Ele diz que só agora, mais próximo da campanha, o sindicato foi chamado: “Foi uma gestão que enfraqueceu a organização sindical. Não houve reunião durante a pandemia, só agora que começou, a campanha eles procuraram. E não tem uma pauta, uma proposta de diálogo. É a lógica do prefeito: centralizar e não ouvir,” reforçou.

Wanderson defende que as escolas continuem fechadas, como maneira de preservar vidas, até que haja segurança sanitária. Entretanto, ele diz que é preciso mais diálogo e apoio – financeiro e administrativo – à categoria, para que a relação escola x comunidade seja preservada no período: “O ensino remoto mostrou ser um fracasso em BH. Em BH não houve infraestrutura física e pedagógica para reduzir a exclusão digital.  E ainda houve desrespeito com os trabalhadores educação, com cancelamento de mais de 500 contratos de professores em plena pandemia,” destacou.