Autoconhecimento

Milenar Maha Lilah é um jogo de busca espiritual da sabedoria hindu

Oráculo, que funciona como espécie de jogo de tabuleiro, teria sido transmitido por Krishna aos santos da antiga Índia

Ter, 23/07/19 - 06h00
Denise Mascarenhas utiliza, há 25 anos, o jogo Maha Lilah, sabedoria milenar que acessa conteúdos do inconsciente | Foto: Ana Elizabeth Diniz

A milenar tradição hindu considera que só alcança a experiência espiritual de fusão com o absoluto aquele que conhece a verdade sobre si mesmo, que compreende as regras divinas que regem a existência.

E é da sabedoria védica, com mais de 2.000 anos, que surgiu o Maha Lilah: jogo de autoconhecimento que ainda preserva seu frescor e que permite ao praticante reconhecer questões pessoais que precisam ser trabalhadas para que ele possa seguir em frente, rumo à iluminação. 

Quem fala sobre o jogo é Denise Mascarenhas, psicóloga, escritora, terapeuta, estudiosa de práticas ancestrais de cura e bem-estar. É dela “Desvendando o Maha Lilah” (editora Laszlo), um kit com dois livros: “Maha Lilah: O Jogo do Autoconhecimento”, a primeira tradução em língua portuguesa do original de Harish Johari, e “Desvendando o Maha Lilah”.

O kit tem ainda 72 cartas de imagens numeradas (criadas por Jamile Gama) e outras 72 cartas com os nomes das casas, um tabuleiro em forma de tapete ou toalha, um dado de seis lados e um frasco com a sinergia de óleos essenciais, criado especialmente pelo Empório Laszlo.

“O Maha Lilah é uma espécie de mapa que revela a dinâmica inconsciente da pessoa no seu processo de autoconhecimento. Ele contém a essência da filosofia hindu e mostra ao jogador a geografia de sua alma, como uma bússola em sua jornada rumo à consciência”, explica Denise.

O jogo tem a forma de um tabuleiro com 72 casas representativas dos estados de consciência e só começa quando o jogador elabora e verbaliza a questão que deseja esclarecer e tira no dado o número 1. 

Em algumas casas é possível se deparar com serpentes ou flechas, fazendo o jogador retroceder ou avançar no jogo, que só termina quando ele chega ao ponto de partida: a casa 68.

“À medida que se move no tabuleiro, o jogador percebe, com muita clareza, seu posicionamento na vida, suas identificações, suas repetições e os bloqueios que o deixam preso em determinadas situações. Tudo o que ocorre em sua dinâmica interna é revelado, assim como as possibilidades, o que ele precisa perceber e desenvolver para que saia daquela situação e alcance o que deseja”, ensina Denise.

As perguntas que o jogador faz podem ser de natureza espiritual, profissional, afetiva ou cotidiana. “O jogo faz as vezes de um mestre. Enquanto lança o dado, o jogador vai assimilando os conceitos védicos espirituais que são de grande profundidade e vai percebendo suas fragilidades e potencialidades ainda não desenvolvidas”, diz a terapeuta.

Maha Lilah, comenta Denise, faz referência ao grande jogo que é a vida, “pois é, a um só tempo, jogo de tabuleiro, oráculo e uma prática para o caminho espiritual”.

O jogo faz um paralelo com a trajetória humana. “No processo de desenvolvimento da consciência, ou vibramos energias mais sutis, como o amor, a compaixão, o altruísmo, a verdade e a autorresponsabilidade, ou nossa energia fica emaranhada em energias densas, como a raiva, a inveja, o medo e egoísmo”, observa Denise.

Muitas vezes, diz ela, as pessoas não sabem sair desse pântano de energias densas, repetindo padrões egoicos, disfuncionais e adoecedores, e suas emoções mais sutis ficam bloqueadas, impedindo-as de ter uma vida em harmonia e alcançar seus propósitos de alma. 

Para finalizar a entrevista, a terapeuta sugeriu que fizéssemos um jogo. A pergunta foi: qual o propósito desta entrevista? “Percebemos que a energia representada pelo jogo era coletiva. Passamos por casas de energias densas, de negatividade, sentimentos de menos-valia, inveja, aversão, para depois cairmos na casa da purificação, necessidade atual e coletiva. A purificação eleva a energia e possibilita o alinhamento com o propósito de alma”, diz Denise.

Objetivo é alcançar a consciência cósmica

O tabuleiro do Maha Lilah aponta dois caminhos distintos para se alcançar a consciência cósmica. “Um deles é o da austeridade. O processo se dá por etapas, e o jogador passa por muitas provas: vai e vem, lida com as serpentes, desce a planos inferiores, transmuta e integra aspectos sombrios de seu ego, aprende a lidar com ele e a transcendê-lo, purifica-se, desenvolve virtudes que elevam sua energia súbita ou progressivamente, amadurece, sutiliza sua energia pouco a pouco até desenvolver uma percepção mais holística e integrada, que, finalmente, lhe permita alcançar a consciência cósmica”, ensina a terapeuta Denise Mascarenhas. 

O jogo, diz ela, “é excelente ferramenta para terapeutas e educadores e pode ser usado individualmente ou em grupos”.

Para conhecer o trabalho de Denise Mascarenhas, entre em contato pelo telefone (31) 98733-9301 (WhatsApp).

Benefícios

É poderosa ferramenta de autoconhecimento;
Traz percepção muito clara das repetições que impedem o crescimento individual ou do grupo;
Promove a abertura de consciência;
Trabalha a cura e o alinhamento com o propósito de alma;
Traz clareza das potencialidades a serem desenvolvidas para que a pessoa faça os movimentos necessários;
Dá a compreensão de regras para a existência.

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