Após a interrupção da contagem de votos na eleição boliviana, o candidato de oposição, Carlos Mesa, acentua críticas e levanta suspeita de fraude. A apuração foi paralisada às 22h40 (23h40 em Brasília), quando havia atingido 83,7% dos votos. O atual presidente, Evo Morales, estava na frente, com 45,28%, contra 38,16% do oposicionista. Assim, haveria segundo turno.
O ministro das Comunicações da Bolívia, Manuel Canelas, disse que a contagem preliminar do domingo não será mais retomada porque haveria “contradições” entre esta e a soma voto a voto, que são concomitantes. Como as duas são oficiais, preferiu-se manter apenas a segunda, tida como mais confiável.
O corte nas transmissões e nos trabalhos do tribunal deu-se logo depois de que Morales disse a seus apoiadores, no Palácio Quemado, que tinha certeza de que ia ganhar.
“Eles não querem divulgar porque sabem que a vontade do povo expressa nas urnas é que haja segundo turno. E vão fazer o possível para mudar isso”, disse Carlos Mesa em entrevista. Ele convocou protestos pelo país.