Vinte e três estudantes da Índia se mataram após saberem que não tinham passado em um vestibular no estado de Telangana. Os alunos se submeteram a várias provas durante os dois últimos anos do ensino médio, que no final indicariam se eles poderiam ou não cursar uma universidade.
De acordo com a reportagem da BBC, as famílias dos envolvidos prometem processar a empresa responsável pelos testes por supostas falhas na correção. O pai de um estudante, que também não conseguiu uma vaga, mas que permanece vivo, disse que o filho está com o emocional abalado devido a carga de pressão psicológica.
Ainda segundo a BBC, dias depois do último exame, pais dos estudantes protestaram devido a possíveis irregularidades nas correções das provas. Um dos pais relatou a reportagem que o filho teve nota máxima em várias matérias, mas que mesmo assim ficou de fora da lista final. Um grupo de defesa dos direitos da infância ingressou com uma ação em um tribunal pedindo a revisão das provas dos reprovados. Após a revisão, foi constatado que 1.137 alunos, inicialmente reprovados, na verdade passaram pelos testes.
Apesar dos erros e da possível coincidência das mortes dos estudantes, o conselho de educação da Índia negou que os suicídios tenham ligação com as reprovações. Nenhum dos alunos que morreram seriam aprovados, conforme constatado na revisão.