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‘Foi um milagre de Deus’, diz filha de mulher que conseguiu se curar da Covid-19

Priscila Carvalho conta que a família passou por 24 dias angustiantes até Maria Aparecida Carvalho receber alta de um hospital de Betim

Publicado em 11 de julho de 2020 | 10:47

 
 
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Parecia uma festa: balões, cartazes, música. Mas não apenas parecia. Era sim, uma comemoração pela vida. Foi assim que a família de Maria Aparecida de Carvalho, 59, a recebeu após ela ficar 24 dias internada em um hospital de rede particular de Betim, na região metropolitana, depois de ter sido infectada pela Covid-19. Ela voltou para a casa no último dia 3.

“Foi um milagre de Deus, pois ela ficou muito grave. Não há outra explicação. Tínhamos medo do que poderia acontecer, mas ela conseguiu vencer e sair do hospital. Hoje está bem”, conta Priscila Carvalho, 35, filha de Maria.

A filha conta que Maria – que tem diabetes, hipertensão, hipotireoidismo e osteoporose, o que a faz necessitar de acompanhamento médico em casa – começou a ter os sintomas no dia 31 de maio, com picos de febre, tosse e coriza, mas, até então, não havia tido falta de ar. No dia 2 de junho, o resultado do exame de uma sobrinha, que testou positivo para o novo coronavírus, acendeu o alerta de todos. Com outros familiares apresentando sintomas, quatro pessoas resolveram fazer o exame, que também deram positivo, mesmo com os cuidados que foram tomados.

“Fomos ao hospital após a confirmação do primeiro caso, pois estávamos com sintomas. Disseram para ficarmos mais isolados ainda. Conversei com a médica que acompanha a minha mãe em casa, que pediu o exame. No dia 4, saiu o resultado como positivo. Nesse meio tempo, ela começou a apresentar sintomas, mas sem gravidade. Mas do dia 6 para o dia 7, a saturação de oxigênio dela abaixou muito, e tentamos bombinha e nebulização, mas não deu resultado. Chamamos uma ambulância e minha mãe foi internada”, conta.

Maria Aparecida ficou 24 dias no hospital, sendo 22 no CTI. Foram 12 dias intubada. A angústia de estar longe acentuava ainda mais a tensão dos parentes. “A gente recebia o boletim e, todos os dias, fazíamos visitas online, inclusive, quando ela estava intubada. Conversávamos mesmo quando ela estava no CTI, e teve um dia em que ela abriu o olho. Isso para nós foi uma vitória, até pelo histórico de saúde ela. A partir daí, ela foi melhorando até sair do hospital”, disse Priscila.

Mesmo com todas as dificuldades, hoje, Maria passa bem. “Ela veio para a casa no oxigênio, mas até hoje, nem precisou usar, graças a Deus. Ela está bem. Estamos cumprindo a quarentena, redobramos os cuidados de todos. Não tem ninguém mais com os sintomas. Foram momentos difíceis, mas conseguimos vencê-los”, acrescentou Priscila.

Ela deixa um recado para todos que estão sendo afetados pela doença. “Eu falo que a gente tem que ter fé e esperança, deixar Deus cuidar. Os profissionais da saúde são guiados por Deus”, conclui Priscila.