Uai Sete de Setembro

Servidores denunciam falta de medicamentos 

Segundo reclamações, não há analgésicos, antibióticos e antiflamatórios na unidade de saúde

Publicado em 29 de dezembro de 2014 | 04:00

 
 
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A saúde de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, continua pedindo socorro. Segundo servidores da Unidade de Atendimento Imediato (UAI) Sete de Setembro, a falta de materiais básicos de trabalho e remédios tem prejudicado o atendimento.

Uma funcionária, que pediu para não ser identificada, contou que há semanas não há os antiflamatórios Ibuprofeno e Prednisolona, nem os antibióticos Amoxicilina, Cefalexina e Clavulin. Ainda segundo a servidora, faltam Morfina e Benzetacil. “A situação é calamitosa. Na última quinta, dia 25, por exemplo, havia pacientes graves na sala de urgência e tivemos que buscar medicamentos em outra unidade de saúde da cidade”, disse.

Já a assessoria de imprensa da prefeitura informou que os fornecedores dos referidos medicamentos farão, ainda nesta semana, a reposição dos mesmos. A assessoria ressaltou, ainda, que o atraso no fornecimento ocorreu devido à falta de repasse de verbas pelo governo federal. 

Orçamento 2015

Dados da peça orçamentária de Betim mostram que a prefeitura prevê gastar com o sistema de saúde local cerca de R$ 487,4 milhões em 2015, sendo 27,95% do orçamento municipal (R$ 310 milhões) e mais R$ 133 milhões provenientes do repasse do SUS.

Médica desabafa na web

Um vídeo postado no Facebook, na última semana, mostra o desespero de uma médica da UAI Sete de Setembro diante da falta de medicamentos. Na gravação, a funcionária aparece relatando o problema a pacientes. Ela pede que eles tenham paciência. “Não quero ser agredida por ninguém por coisas que eu não tenho como mudar, que não dependem de mim. Amo o meu trabalho, só que ultimamente eu to querendo pedir férias de pelo menos uns seis meses”, desabafou.