Betim

Tatuador de 24 anos foi morto por traficantes ao vender 'loló' no Icaivera

Crime aconteceu há cerca de três meses; três suspeitos foram presos e outros dois indiciados por homicídio e associação criminosa

Publicado em 01 de junho de 2020 | 14:02

 
 
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A Polícia Civil apresentou, nesta segunda-feira (1°), detalhes da investigação sobre a morte de um homem de 24 anos, que foi assassinado com oito tiros, há cerca de três meses, em Betim, na região metropolitana de BH. Três homens foram presos e outros dois indiciados por homicídio e associação criminosa.

O crime aconteceu no bairro Icaivera e teria tido a participação de cinco autores que, segundo a polícia, atuam no comando do tráfico de drogas da região. A vítima, Matheus Conceição Silva, trabalhava como tatuador e teria começado a vender lança-perfume, popularmente conhecido como loló, no bairro. Uma semana antes de ser assassinado, ele foi ameaçado pelos criminosos.

De acordo com o delegado responsável pela Delegacia de Homícidios de Betim, Otávio Carvalho, as investigações apontam que Matheus era usuário de drogas e amigo dos criminosos. Em muitas ocasiões, ele teria trocado tatuagens por entorpecentes e foi vítima de uma emboscada. "No dia anterior ao crime, o Matheus foi mordido por um cachorro e entrou em contato com um dos criminosos, que era seu amigo, para que, no dia seguinte ele o levasse para tomar vacina antirrábica em um posto de saúde na região central da cidade. Porém, no meio do caminho, eles mudaram a rota e acabaram matando o rapaz e o abandonando na estrada de Serra Negra", afirmou.

Ainda segundo Carvalho, a polícia chegou aos criminosos por meio de imagens de câmeras de segurança, que permitiram identificar o carro usado no assassinato e a rota feita pelos criminosos. "Mesmo diante de todas as provas contundentes que temos, nenhum deles assume a autoria ou a participação no crime. Todos eles têm diversas passagens e, inclusive, são de uma única facção que atua na região há mais de dez anos e comanda toda a criminalidade nas redondezas. No ano passado prendemos dois dos líderes desse grupo e, com mais essas prisões, conseguimos enfraquecer essa atuação", pontuou.