O Indicador de Propensão ao Consumo, elaborado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), sinalizou neste início de mês que 53% dos brasileiros pretendem cortar gastos ainda em agosto. Os efeitos da crise se destacaram entre as justificativas, sendo que 19% ressaltaram as altas nos preços. Já 18% diminuirão os gastos por estarem desempregados, e 14%, por estarem endividados. De acordo com o levantamento do SPC Brasil, há ainda 9% dos consumidores que estão cortando gastos por conta da diminuição da renda, 24% que desejam economizar e 11% que pretendem criar uma reserva financeira.
O indicador expôs que somente 17% dos consumidores brasileiros estão com as contas em dia, com sobra de recursos para compras ou investimentos. Cerca de 38% alegaram estabilidade, sem sobra nem falta de dinheiro, enquanto 38% encontram-se no vermelho, sem conseguir pagar todas as contas do mês passado com a renda que possuem.
Entre os brasileiros que utilizaram o cartão de crédito, 23% diminuíram o valor da fatura em junho, enquanto 30% afirmaram que a fatura se manteve igual se comparada à do mês anterior. Em contrapartida, 42% dizem ter notado um aumento no valor utilizado. O valor médio foi de R$ 977. As compras de supermercados lideraram os itens mais adquiridos via cartão de crédito, com 66%, seguidos por gastos com remédios e farmácia, com 56%, roupas, calçados e acessórios, com 36%, combustível, com 35%, e gastos com bares e restaurantes, com 31%.
Segundo a apuração do indicador, 19% dos brasileiros tiveram crédito negado em junho ao tentarem fazer uma compra a prazo ou contratarem algum tipo de empréstimo ou financiamento. Um exemplo que reforça o comportamento mais restritivo por parte dos credores é o fato de 42% considerarem “difícil ou muito difícil” contratar empréstimos ou linhas de financiamento. Somente 15% apontam o processo como algo simples.
O que mostram todos esses números levantados pela pesquisa? Eles indicam que a crise econômica que atravessa o Brasil afetou profundamente a vida financeira das famílias brasileiras. Necessidade de se cortarem gastos, falta de reserva financeira, maior uso de fontes de financiamento como o cartão de crédito; todos esses aspectos são reflexos dos efeitos da crise no bolso dos brasileiros.
A crise pode ser uma boa oportunidade de aprendizagem. Obrigadas a adotar hábitos mais saudáveis de relacionamento com o dinheiro, as pessoas poderão assim ter melhores resultados em sua vida financeira. É uma aprendizagem com dor, mas que pode ajudar bastante, agora e no futuro.
E, quando as coisas melhorarem, e elas irão melhorar, espera-se que os hábitos antigos não sejam resgatados! Falta de controle do orçamento, gastos em excesso, endividamento não podem voltar a fazer parte do dia a dia das famílias.
Planeje bons hábitos para 2017. Invista em sua educação financeira.
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