No último domingo (9), o Independência recebeu a final da Copa BH de Futebol Feminino entre América e Prointer. Cerca de 2.600 pessoas foram acompanhar a decisão, com vitória da equipe alviverde por 5 a 1. O público parece pequeno perto da capacidade do estádio, mas é enorme se comparado ao espaço que a modalidade recebe na mídia e nos clubes profissionais. O número de torcedores na final da Copa BH é maior do que a média de público do time masculino do América no ano, que é de 2.276 pagantes – a 45ª média entre os clubes das Séries A, B, C e D. Vale lembrar, claro, que o jogo do último domingo, do futebol feminino, teve entrada franca.
Mas vamos imaginar uma situação. Se, com um jogo entre América e Prointer, mais de 2.600 pessoas foram ao estádio, qual seria o número em uma partida com times de Atlético e Cruzeiro? Tenho certeza que o público aumentaria consideravelmente, mesmo em um jogo de futebol feminino. A questão que ainda não dá para entender é por que os clubes profissionais seguem sem interesse em investir na modalidade. Não vemos nenhum movimento de Atlético e Cruzeiro para a criação de suas equipes, mesmo com a obrigação já imposta pela Conmebol.
Para quem não sabe, a partir de 2019, os clubes que forem disputar a Copa Libertadores precisarão ter um time feminino participando de competições nacionais. Essa é uma das principais exigências do regulamento de licenciamento de clubes da CBF e já fazia parte do regulamento de clubes da Conmebol. Das 20 equipes que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro deste ano, só sete têm times femininos.
Pensando nessa obrigatoriedade, os times mineiros já poderiam começar a investir no futebol feminino para chegarem a 2019 com tudo pronto. Mas, de acordo com o último contato com os clubes, a ideia é deixar para resolver essa questão aos 45 minutos do segundo tempo, ou seja, às vésperas do prazo para que se cumpram as exigências. Uma opção para Atlético e Cruzeiro é unirem-se a um time que já existe. Pelo que foi apurado, esse é o objetivo dos dois principais clubes mineiros. O Cruzeiro estuda a possibilidade de fazer uma parceria nos moldes das que já existem com o vôlei e com o futebol americano. O Atlético também já demonstrou interesse em apoiar uma equipe já montada. Já o América saiu na frente em BH e já investe no futebol feminino desde 2015.
A solução pode estar bem debaixo do nariz dos arquirrivais da capital. A Copa BH de Futebol Feminino apresentou vários times de qualidade e que precisam de investimento. É o caso do Prointer, finalista da Copa BH. Essa campanha já surgiu no Twitter, a partir de alguns torcedores do Atlético que gostariam de ver as talentosas meninas da equipe vestindo a camisa de seu time de coração. Além dele, Belo Horizonte também tem as equipes de Manchester, Nacional e Internacional, que podem ser aproveitadas pelos clubes mineiros. Fica a dica!
Essa coluna, dividida com a colega Lohanna Lima, vai trazer discussões e visibilidade para o espaço ocupado pela mulher no esporte, mas não só isso. Vamos tratar de questões que ultrapassam as quatro linhas e afetam todos que são aficionados pelos assuntos esportivos.
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