Os conselheiros do Atlético votam nesta segunda-feira (18) a aprovação da construção do estádio do Galo. A diretoria quer. A torcida quer. Ambas fazem campanha forte pelos votos dos indecisos e conquistaram apoios importantes nos últimos dias. Não há dúvida, o conselho irá liberar construção da nova arena.
Como quem escreve esta coluna tem certeza da aprovação, seja pela pesquisa realizada pelo SUPER FC ou pelas contas dos torcedores e conselheiros, eu quero deixar aqui um recado: diretoria, não esqueça o futebol. Isso pode ser desastroso e há exemplos concretos.
Se perder na dimensão de trabalho que é a construção de uma nova casa para o Atlético é fácil. Por isso, o novo presidente do Atlético, que será responsável pela execução do projeto, deve, primeiramente, definir bem quem comandará o futebol do clube. Um diretor de futebol atualizado é imprescindível.
A arena só irá se sustentar com um time competitivo e estar em alta, principalmente, em 2020, quando o estádio deve ser inaugurado, é importante. Não só para abrir a nova casa em grande estilo, mas também para poder ter renda compatível com os investimentos realizados.
Atenção.
No entanto, ter alguém que mande e coordene bem o futebol do Galo nestes três anos é importante para não deixar manchas na história do clube. O exemplo vem de São Paulo. No momento em que o Palmeiras começava a executar o seu ambicioso projeto, o time foi rebaixado à Série B.
Está certo que se reergueu rapidamente. Conquistou Copa do Brasil e também o Brasileirão de 2016, mas a mancha do rebaixamento ficou lá. Assim como uma crise chata de se contornar em um momento em que estavam concentrados na construção do Allianz Parque.
Em casa.
Um outro exemplo é a própria temporada de 2017 do Atlético. A diretoria investiu alto para conquistar títulos importantes neste ano. Vai terminar com um Campeonato Mineiro e, talvez, com a modesta Copa da Primeira Liga. Pouco para a expectativa criada.
A frustração veio, justamente, pela falta de comando no futebol do clube. Sem Eduardo Maluf, que faleceu no primeiro semestre, Nepomuceno centralizou algumas ações e não conseguiu estar presente como deveria na Cidade do Galo, ainda mais no início de um trabalho, como proposto por Roger.
O adeus.
Há três anos para que o Atlético projete o que ele quer para a inauguração de seu novo estádio, mas acredito que a diretoria poderia também espelhar no adeus ao Mineirão. Foi a casa do clube por muitos anos, local em que a torcida tanto cantou alto.
Foi no Mineirão que o Galo conquistou o seu maior troféu, a Copa Libertadores da América, e foi lá que boa parte da torcida alvinegra também criou a sua identidade com o clube. Merece uma “despedida” à altura.
Promessa.
O novo estádio promete ser um lugar de reencontro do Galo com todos os seus torcedores. O rico, o pobre, o fanático e o novo. Com preços populares e também local para quem gosta de conforto. Que assim, realmente, seja.