Sérgio Sette Câmara assumiu o Atlético com um espírito (e necessidade) reformista. O novo presidente encontrou o clube tendo que colocar salários e premiações em dia e já começa a enxugar sua folha de pagamentos. Para isso, é preciso mudar a espinha dorsal do Atlético. Saem jogadores tarimbados e milionários, que não levaram o Galo a lugar algum em 2017, e chegam jogadores jovens ou atletas muitos experientes, mas com salários menores.
Assim, a versão 2018 do Atlético, provavelmente, não terá Fred, Robinho e Marcos Rocha. O primeiro acertou sua rescisão com o clube, depois de um pouco menos de dois anos, e tem várias possibilidades para a próxima temporada. Robinho pode até continuar, mas tem que aceitar uma redução brusca de salário. Marcos Rocha vai para o Palmeiras como moeda de troca para a chegada do jovem e promissor atacante Roger Guedes ao Galo.
O técnico Oswaldo de Oliveira vai ter que reconstruir uma estrutura de jogo que deu certo de 2012 a meados de 2016, mas que ruiu de um ano e meio para cá. Sem Marcos Rocha, o lado esquerdo passará a ser mais forte que o direito? Samuel Xavier conseguirá suprir a ausência de um dos mais vitoriosos laterais da história do Galo? Ou o clube vai atrás de outro lateral?
Arouca e Ricardo Oliveira conseguirão dividir com Victor e Léo Silva o papel de líderes desse elenco alvinegro, que terá um 2018 de muita cobrança? Ou vão vir apenas para "somar"? Erik e Roger Guedes, que perderam espaço no Palmeiras, conseguirão encontrar o caminho do sucesso vestindo a camisa alvinegra, como Marques e Guilherme fizeram? De renegados a idolatrados? Ou serão outras apostas que darão errado?
O diretor Alexandre Gallo trará novidades no dia a dia do clube e também na condução do elenco? Ou será mais um dos tantos diretores de futebol que nasceram no Brasil nos últimos anos?
A esperança e a dúvida acompanham o atleticano neste começo de temporada. É natural, ainda mais com mudanças tão profundas. Praticamente, todos os setores têm novidades. Menos a defesa, calcanhar de Aquiles do Galo nos últimos dois anos e que continua a mesma, ainda. Mas é preciso dar um voto de confiança ao novo trabalho. Acertar no futebol é difícil, ainda mais sem dinheiro, como está o Galo. É preciso ser inteligente para não dar um passo em falso. No entanto, é preciso coragem. E, isso, Gallo e Sette Câmara mostraram que têm.
Sem dinheiro. Não é fácil se desfazer de um lateral-direito como Marcos Rocha, tendo ciência de que sua posição é tão carente no Brasil. Assim como não é fácil fazer um investimento para trazer um jogador como Roger Guedes. É complicado responder: o custo-benefício de um contrato milionário com Fred é melhor que pagar um pouco menos e trazer um centroavante experiente e que ainda faz gols, como Ricardo Oliveira?
Utilizei 11 pontos de interrogação. E, assim, vejo a temporada do Galo em 2018. No entanto, o que alenta o coração do atleticano é ver que, no futebol brasileiro, o equilíbrio é a maior certeza. E que, nessa toada, grandes times foram montados.
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