A greve geral dessa sexta-feira (28), convocada por partidos, sindicatos e outros movimentos de esquerda, ao ser marcada para antes de um feriadão, teve o objetivo estratégico de se aproveitar do esvaziamento que, naturalmente, ocorreria nas atividades produtivas.
Em muitas cidades do país, o clima, em variados bairros, foi de feriado, com as ruas vazias de carros e pedestres. Os cidadãos tiraram seus automóveis das garagens para ir ao trabalho e também para escapar das cidades, antecipando o fim de semana.
Os maiores congestionamentos se deram, então, nas rodovias, onde manifestantes fecharam o trânsito por algum tempo. Os bloqueios, com depredações e violência, foram mais efetivos do que a paralisação mesma, e crucial, dos meios de transporte.
Setores fundamentais, como os bancos e os serviços públicos, paralisaram as atividades porque seus funcionários aderiram à greve, mas a maioria só parou porque as pessoas foram impedidas de chegar ao trabalho, pela dificuldade de se locomoverem.
Seja como for, a demonstração de força não deve ser menosprezada, pois mostra que a oposição ao governo vem recuperando-se, graças à agenda das reformas, depois dos malogros sofridos nas últimas eleições e de seu envolvimento na Lava Jato.
O efeito dessa recuperação já se manifesta nas votações do Congresso e poderá ganhar mais fôlego nas próximas. Os parlamentares são sensíveis às posições de seus eleitores, e isso poderá obrigar o governo a fazer concessões mais substanciais.
Para aprovar a reforma da Previdência como está hoje, o governo vai precisar convencer cada um dos parlamentares de sua necessidade e urgência para o futuro do país, tendo contra si o imediatismo dos políticos, das corporações e da população em geral.
Em todos os tempos, os homens mostram que pensam mais com o estômago do que com a cabeça.
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