No ano passado, ao abrir a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, como tradicionalmente faz o Brasil, Temer teve de dar satisfações sobre o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, enquanto representantes de alguns países, como a Venezuela, deixavam o plenário.
Geralmente, os chefes de Estado brasileiros abordam os problemas locais em seus discursos. Dilma, há dois anos, falou sobre o grave momento pelo qual o Brasil passava. Lula tratou da “pièce de resistence” de seu primeiro governo: a fome. Ontem, Temer abordou as reformas e a abertura do país para o mundo.
Pouco falou da corrupção, assunto em que não poderia estar engajado, investigado que é. Tratou de destacar os avanços de seu governo, como a recuperação da economia e a geração de empregos, de um lado, e de condenar o protecionismo e defender o multilateralismo comercial, de outro.
O que o governo realizou não é reconhecido por 75% da população. Os sucessos se restringiram à reforma trabalhista, à Lei da Terceirização e à reforma do ensino médio. A PEC dos Gastos Públicos depende da reforma da Previdência. Para a recessão sem precedentes, o ministro da Fazenda pede orações.
O governo persegue a receita da busca do equilíbrio fiscal para conferir credibilidade à economia. Isso é fundamental para o Estado ter a capacidade de implementar as políticas sociais requeridas pela população. Sem responsabilidade fiscal, disse Temer na ONU, não há responsabilidade social.
Não se esperava que a comunidade internacional aplaudisse o presidente, exceto protocolarmente, como ocorreu. Ninguém tem a percepção dos graves problemas brasileiros, a não ser seus cidadãos. A crise política é certamente uma das mais longas de nossa história a atingir um governo de transição.
Com tantas adversidades, o presidente terá muita sorte se conseguir terminar seu mandato.
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