O Brasil tem a maior reserva de água doce do mundo – cerca de 12%. Apesar disso, 55% do esgoto produzido pela população é jogado, sem tratamento, na natureza, inclusive nos rios e cursos d’água.
A informação consta de um estudo divulgado ontem pelo Instituto Trata Brasil. Os dados são de 2016 – os mais recentes. Não obstante, 35 milhões de cidadãos brasileiros ainda não têm acesso à água potável.
Em 2015, na ONU, o país se comprometeu a universalizar os serviços de saneamento básico até 2030. Com os dados de hoje, será possível atingir essa meta com relação à água, mas os esgotos exigirão mais 50 anos.
Os avanços são muito lentos. Entre 2011 e 2016, a evolução na prestação do serviço de água potável subiu apenas 0,9 ponto percentual. Em esgoto, o avanço foi de 3,8 pontos percentuais.
Apenas 44,9% dos esgotos do país são tratados. Em consequência, 5,2 bilhões de m³ por ano são despejados na natureza, em fossas e rios. Isso corresponde a 5.700 piscinas olímpicas de dejetos por dia.
Um estudo recente da Fundação SOS Mata Atlântica revelou que a qualidade da água de rios, córregos e lagos do Brasil é boa em apenas 4,5% das coletas. É ruim ou péssima em 36,3% das amostras.
Os números do esgoto são piores do que os da água porque o custo dos investimentos é maior e faltam políticas públicas para o primeiro setor. Esse passivo produz efeitos ambientais e sanitários, como as doenças.
Os investimentos públicos foram reduzidos entre 2015 e 2016. Pior, eles foram realizados nos Estados e municípios que menos precisam. Menos de um quarto do que foi arrecadado com saneamento foi reinvestido no setor.
Saneamento básico é fator de desenvolvimento econômico e social. A situação exposta pelo Brasil mostra quanto falta ao país avançar para que essa chaga seja eliminada, atingindo os padrões de Primeiro Mundo.
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