Desde que a operação Lava Jato foi deflagrada, em 2014, o cidadão brasileiro vem tendo a oportunidade de verificar a dimensão que a corrupção adquiriu no Brasil. O retrato, no entanto, refere-se apenas aos anos recentes.
Na verdade, essa prática remonta ao século XVI, conforme apurou o estudo de uma professora da UFMG, que conta o caso de um governador que roubava do próprio rei de Portugal, a ponto de ter de ser removido para a terrinha.
Os portugueses chegavam falidos e voltavam ricos porque a corrupção era tolerada como uma forma de gratificar a nobreza pela passagem de uma temporada nos trópicos. E, como sabemos, a prática se mantém até hoje.
O “basta” está sendo dado por um pequeno grupo de policiais e juízes que resolveu passar a limpo essa prática, puxando o fio de um novelo que não tem fim e que, quanto mais for puxado, mais ilícitos vai revelar.
Com 500 anos de história, a corrupção não era, até agora, considerada um crime, tinha se naturalizado porque era praticada por todos que agora estranham que o Estado de direito tenha desabado sobre suas nobres cabeças.
A ONG Transparência Internacional acaba de divulgar uma pesquisa em que quantifica o fenômeno da corrupção no Brasil comparado com o de 19 outros países da América Latina e do Caribe. Ouviu mais de 20 mil pessoas.
Por causa da Lava Jato, 78% dos brasileiros acreditam que a corrupção aumentou nos 12 meses anteriores a maio e junho de 2016. E olha que eles ainda não tinham presenciado certas cenas que se tornaram notáveis na TV.
Depois daquela data, entre outras provas materiais de ilícitos, um deputado foi flagrado correndo com uma mala cheia de dinheiro, e no apartamento de um ex-ministro a polícia encontrou mais de R$ 50 milhões em espécie.
Isso não seria possível se uma imprensa independente não tivesse feito o papel de participar à sociedade o trabalho realizado por aquele grupo de investigadores, contagiando outros atores e até o cidadão comum.
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