Os jornais anunciam que Temer, Lula e FHC negociam um acordo para sobreviver, eles e seus partidos, ao cataclismo representado pela investigação pedida pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato. Por esse acordo, o mandato de Temer seria preservado até 2018.
Como era de se esperar, os políticos já se movimentam no sentido de se salvar. Os ilícitos praticados são fortes demais. A tendência é as sentenças de Moro e as denúncias do Ministério Público serem aceitas por Fachin. Os advogados estão perdendo todas as petições.
Nessa marcha, todo mundo será condenado. Absolvições parecem improváveis, porque nesse imbróglio ninguém é inocente. Diante das circunstâncias, buscar-se-ão argumentos mais superlativos, como a estabilidade econômica e a governabilidade da democracia.
Não há clima na opinião pública para que o Congresso aprove uma anistia ao caixa 2. Segundo o ex-presidente da Odebrecht, não há político que não tenha feito uso desse instrumento. A maioria cometeu falsidade ideológica na prestação de contas à Justiça Eleitoral.
Os políticos deverão reagir com ações no Congresso demonstrando operosidade. No meio de atos positivos, podem tentar passar algum contrabando. A hora é de mudança no modelo político, eleitoral e partidário. O instituto do foro privilegiado precisa ser limitado.
O perigo mora num acórdão, como o que pode ocorrer entre Temer, Lula e FHC. Há risco de uma grande conciliação quando o poder está concentrado numa só classe social. A situação política brasileira frequentemente nos remete a “Os Donos do Poder”, de Raymundo Faoro.
O professor Joaquim Falcão, da Fundação Getúlio Vargas, acena com uma saída, se Temer demitir todos os seus auxiliares investigados e colocar gente decente e competente em seus lugares. Desde que tomou posse, a nação espera por essa providência indiscutível.
Depois da Lava Jato, a depuração dos costumes políticos e empresariais brasileiros é inevitável.
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