A experiência de advogados e de especialistas na área e dos próprios técnicos do órgão mostra que, muitas vezes, não adianta recorrer às agências do INSS às pressas para requerer aposentadoria, na expectativa de escapar dos efeitos da reforma previdenciária.
O prejuízo de uma aposentadoria precoce ou concedida de forma açodada é irreparável. Na ânsia de obter o afastamento, após enfrentar longas filas, o beneficiário acaba se esquecendo de documentos importantes, que se perdem com o passar dos anos, e fica no prejuízo.
Essas perdas, em geral, só são corrigidas por via judicial, recurso que exige paciência, pois a decisão costuma demorar e chega tarde em muitos casos, quando o beneficiário idoso já morreu.
Para agravar o quadro social, as estatísticas estão a nos mostrar que as pressões sobre o caixa da Previdência só tendem a aumentar, ameaçando, no médio e no longo prazo, inviabilizar todo o sistema se não houver reforma.
Segundo o IBGE, a taxa de fecundidade do país caiu de 6,16 filhos por mulher para apenas 1,57 filho em pouco mais de sete décadas. Se isso serve de consolo para os técnicos que analisam os números frios, a expectativa de vida aumentou 41,7 anos em pouco mais de um século e atingiu 75,4 anos em 2014.
O Brasil está diante de uma encruzilhada fatal. No caso do desemprego, que continua em expansão, o trimestre encerrado em julho aponta para uma taxa de 11,6%, 0,4 ponto percentual acima daquele do trimestre imediatamente anterior, que foi de 11,2%.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad Contínua) informa que esta é a maior taxa da série histórica iniciada em 2012. A população desocupada, agora de 11,8 milhões de pessoas, cresceu 3,8% na comparação com o trimestre fevereiro-abril (11,4 milhões), um acréscimo de 436 mil indivíduos.
É cruel dizer, mas este é um contingente que deixa de contribuir e vai recorrer para “encostar” ajudando a explodir o caixa.
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