Os bons anos da bonança de preços de commodities, como o minério de ferro e produtos siderúrgicos, patrocinados pela China, deverão ser lembrados daqui pra frente como parte de um passado recente de grande euforia.
Investimentos gigantescos de bilhões de reais anunciados alguns anos atrás por grandes grupos empresariais de mineração e de siderurgia, em concorridas solenidades, tenderão a escassear-se mais ainda.
Os efeitos da retração já estão sendo percebidos em Minas, que tem no minério uma de suas principais fontes de receita, com a diminuição da produção no chamado Quadrilátero Ferrífero e demissão em massa da mão de obra.
No auge dos bons negócios, chegou a ser feita a descoberta de grandes jazidas de ferro no Norte de Minas, que teriam potencial semelhante às do Quadrilátero Ferrífero da região Central.
Mas a crise chegou com força e está sepultando o sonho de enriquecimento rápido de pequenos municípios, bem como o resgate de regiões mineiras tradicionalmente esquecidas. Não bastasse a retração, existem os aventureiros de sempre à espera do ganho fácil.
Esse foi o caso do megalomaníaco empresário Eike Batista e do seu grandioso complexo minerário Serra Azul, na região metropolitana Belo Horizonte, de propriedade da MMX Sudeste, que naufragou em meio a um prejuízo bilionário com a derrocada geral das empresas do “império X”.
Como O TEMPO revelou em sua edição de ontem, hoje é um dia decisivo para milhares de trabalhadores, pois os credores vão se reunir em assembleia para avaliar a proposta que seria a salvação, recebendo da mineradora 30% do montante da sua dívida de R$ 700 milhões. É isso ou a falência pura e simples da empresa.
Em meio a esse contexto, permanece empacada no Congresso, há anos, a tramitação do projeto que fixa o marco legal da mineração. Nesse caso, Minas é um dos Estados mais prejudicados, pois vem perdendo bilhões em royalties, deixando os municípios mineradores na penúria.
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