Os rumos do comércio internacional devem mudar nos próximos anos em consequência do acordo firmado por 12 países que, juntos, reúnem 40% do PIB global. De fora do tratado porque não faz parte do Pacífico, o Brasil poderá perder o acesso a esses mercados.
O acordo – o maior da história – reúne Estados Unidos, Japão, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Singapura e Vietnã – grandes, pequenas e médias economias, que movimentaram, em 2014, US$ 9,5 trilhões em exportações e importações.
No ano passado, um quarto do que o Brasil vendeu para o exterior foi para esses países do Pacífico. Se o novo bloco der preferência a compras e vendas entre os países que o compõem, o Brasil poderá perder US$ 31 bilhões em exportações de manufaturados.
Entre os produtos brasileiros que serão mais afetados estão automóveis, açúcar refinado e bens de capital. As commodities agrícolas não serão afetadas porque o maior comprador dessas matérias-primas é a China, que também não faz parte do Pacífico.
O Brasil corre o risco de ficar isolado. O país optou pelos acordos multilaterais, deixando de lado as iniciativas de integração bilateral. O maior daqueles acordos é o do Mercosul, que, no entanto, passados mais de 20 anos, até hoje não deslanchou.
A principal dificuldade são as diferenças entre as economias. Existem também problemas políticos, agravados depois do ingresso da Venezuela no bloco. Há anos que é tentado, sem sucesso, um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia.
Enquanto se tentava uma negociação entre blocos, o Brasil deixava de buscar negociações com outros países. Não foi por falta de advertências, nas quais eram apontados os exemplos do México e do Chile. Agora, o Brasil terá de correr atrás dos prejuízos.
Num momento de crise de crescimento que as exportações poderiam atenuar, é um golpe que o país terá de suportar.
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