Dois ataques terroristas realizados em Mogadíscio, capital da Somália, no último sábado, deixaram ao menos 300 mortos e 300 feridos, todos civis. Foi o maior atentado no país e o segundo maior no mundo, depois do 11 de Setembro.
O país africano é um dos dez onde mais ocorrem ataques terroristas. Desde 1991, quando foi derrubado o último ditador, a Somália está em guerra civil, com o poder sendo disputado por milícias islâmicas radicais.
Além desses grupos, que tentam estabelecer um Estado teocrático, o país se debate com a seca, a fome e a corrupção. Segundo as Nações Unidas, metade da população, ou cerca de 7 milhões de pessoas, requer ajuda humanitária.
Na última crise alimentar, morreram 250 mil pessoas. O mundo esqueceu a Somália. A fome, as doenças e o terrorismo não sensibilizam o planeta pelo que ocorre na África, continente que é considerado de segunda categoria.
Toda a atenção é dada a atentados nos Estados Unidos, no Reino Unido, na França e na Alemanha. Esses países se sentem particularmente atingidos pelo fenômeno, como se a comunidade internacional devesse isso a eles.
Até ontem, nenhum grupo havia reivindicado a autoria dos atentados. O governo atribui-o a um grupo derivado da Al Qaeda. Eleito em fevereiro último, procura construir um Estado nacional com ajuda da comunidade internacional.
Atentados terroristas matam mais gente, conforme a dimensão que tenham. Mas a fome e a desnutrição matam silenciosamente, atingindo os mais pobres e fracos, sendo consequência de processos sociais, econômicos e políticos.
A ONU responsabiliza os políticos somalis. Eles se reportam a seus clãs, e não à comunidade em geral. O sistema de saúde passa por um colapso. A desnutrição destrói o sistema imunitário, tornando crianças e adultos sensíveis a doenças.
A maior parte dos recursos internacionais é dirigida à ajuda humanitária, quando poderia ser transformada em investimento no desenvolvimento, para regenerar a economia e reconstruir as cidades.
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