Dias depois de Rússia e Estados Unidos manifestarem publicamente, na ONU, suas divergências com relação à situação na Síria, os russos promoveram uma escalada militar na região, bombardeando forças armadas e treinadas pelos norte-americanos.
Essas forças combatem o regime do presidente Bashar al Assad, apoiado por Rússia, Irã, o Hezbollah libanês e o Iraque, cuja família domina o país desde 1970. Para Assad e seus aliados, são terroristas, como os integrantes do Estado Islâmico (EI).
Assad pertence a uma minoria xiita, enquanto a Síria é de maioria sunita. Depois de um levante popular e pacífico inspirado na Primavera Árabe e que foi reprimido com violência por Assad, o conflito derivou para uma guerra civil que já dura 4 anos e meio.
Na medida em que enfraqueceu o regime, o conflito facilitou o avanço do EI, que hoje controla também parte do Iraque. Custou a vida de 250 mil pessoas e forçou 12 milhões de sírios a abandonar suas cidades, buscando refúgio em países vizinhos e na Europa.
Em consequência, a Síria hoje é um país dividido entre três facções: o poder central, o EI e os rebeldes. Os EUA, a França, o Reino Unido e a Turquia apoiam os rebeldes e combatem Assad e o EI. A Rússia e seus aliados apoiam Assad e combatem o EI e os rebeldes.
Os dois lados afirmam que seu objetivo principal é combater o EI. No entanto, desperdiçam forças e não o alcançam, contribuindo para a ocorrência da maior tragédia humanitária já vista depois da Segunda Guerra Mundial. Na verdade, Assad é quem importa.
EUA e Rússia discordam com relação ao papel de Assad. Nem que entrem em confronto direto, a solução desse imbróglio será militar. Ela só virá por meio de negociações das quais participem todas as partes, inclusive Assad, com a exceção do Estado Islâmico.
O Iraque já ensinou que, às vezes, é melhor um ditador do que o caos.
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