Com a proximidade do fim deste ano, as famílias começam a se preocupar com as perspectivas para o próximo. Como o cenário é de crise, sem possibilidades de superação no curto prazo, a apreensão é com relação aos encargos, que permitirão ou não manter o padrão de vida.
Reportagem de O TEMPO dessa terça-feira (25) faz uma radiografia da situação da educação, do ponto de vista das famílias e dos prestadores desse serviço: as escolas privadas. Para qualquer lado que se olhe, o panorama não é favorável, indicando que vai haver mais aperto do que já há.
Neste ano, como em 2015, as famílias já tiveram dificuldade de custear os estudos de seus filhos no ensino privado. A inadimplência mais que triplicou em três anos. Em 2014, a taxa média foi de 5%. Em 2015, subiu para 12%. Em 2016, ela vai chegar aos 16%.
As escolas estimam que em 2017 terão de aplicar reajustes entre 11% e 14%. Pelo sexto ano seguido, as mensalidades subirão acima da inflação, que nos últimos 12 meses, até setembro, foi de 9,15%. Não se sabe de nenhuma categoria cujos salários foram reajustados nesse índice.
As famílias terão mais dificuldades ainda para dar a seus filhos um ensino de melhor qualidade. As escolas vão sentir o impacto, representado pela evasão de parte de seus alunos. Neste ano, ela chegou a 5%: de 1,38 milhão de estudantes, 70 mil não se rematricularam.
As escolas vivem um dilema: se aumentam pouco o valor das mensalidades, podem fechar; se aumentam muito, ficam sem alunos. Segundo os empresários, as despesas das escolas também estão subindo acima da inflação. Neste ano, o corte atingiu 5.000 professores.
A situação é particularmente dramática no ensino superior. Nos níveis infantil, fundamental e médio, as famílias têm a alternativa de recorrer ao sistema público, que tem mais oferta de escolas. Naquele, 50% dos alunos dependem do Fies ou do Prouni para estudar.
Apesar dos esforços, o ensino no Brasil não mudou: permanece elitista – para quem pode pagar.
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