O governo federal teve um déficit de R$ 19,7 bilhões em junho. Foi o pior de um mês de junho desde 1997. Com os déficits dos outros meses, o do primeiro semestre chegou a R$ 56 bilhões – também o pior resultado da série.
Nos últimos 12 meses, o déficit chegou a R$ 182 bilhões, superior à meta fiscal de R$ 139 bilhões. Conclusão: vai ser difícil o governo cumprir a meta. Aumentou impostos e agora já fala em não cumprir os acordos com o funcionalismo.
Quando assumiu, Temer contrariou a equipe econômica ao autorizar reajustes para várias categorias de servidores. Justificou-se alegando que o governo anterior havia negociado esses aumentos e não poderia voltar atrás.
Com aqueles e outros aumentos que concedeu, o presidente esperava “amaciar” os servidores, sempre muito corporativos e críticos do governo. Se insistir em adiar os acordos, vai encontrar, certamente, enorme resistência.
O governo não tem saída, no entanto. Com seu populismo, os governos Lula e Dilma aumentaram em 130 mil o número de funcionários públicos que FHC havia reduzido em 110 mil. O custo total, neste ano, monta a R$ 285 bilhões.
Os reajustes concedidos em 2016 representam um impacto de R$ 22 bilhões nas contas deste ano. Mas Temer ainda deu aumentos que vão ter efeito no próximo mandato, o que é proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
A preocupação é com o rombo de 2017 e também com o de 2018. O governo continua gastando mais do que arrecada. Em junho, a receita aumentou 1,4% em relação ao mesmo mês de 2016. Já a despesa subiu 10,5%.
A ONG Contas Abertas está divulgando que o Congresso custa, por hora, “uma Lava Jato”. A cada 60 minutos, a União gasta R$ 1,16 milhão com o Legislativo federal – mais do que foi destinado à força-tarefa em 2016.
O Brasil está prisioneiro das corporações, representadas por todo tipo de políticos, empresários, servidores, sindicalistas etc. O negócio é extrair benefícios do Estado. Por bem, pela lei, ou por mal, pelo roubo.
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