Nos próximos dez anos, 70 milhões de pessoas vão morrer por causa do tabagismo, mantidas as projeções da Organização Mundial de Saúde (OMS). Os custos com saúde e a perda de produtividade acarretados pelo fumo, estimados em US$ 1,4 trilhão, são pouco menores que o PIB brasileiro e maiores que a soma de todas riquezas do México, por exemplo.
Especialmente preocupante é a constatação do Banco Mundial de que, anualmente, entre 80 mil e 100 mil jovens tornam-se dependentes de tabaco, e cada vez mais cedo. Nos levantamentos mais recentes, 3,4% dos adolescentes e crianças no país dizem fumar, sendo que, num período de seis anos, a idade em que o brasileiro experimenta um cigarro pela primeira vez caiu de 16,2 anos para 15,9 anos – as chances de tornar-se dependente crescem até 90% quando o hábito inicia-se entre 5 e 19 anos.
Desde 2007, o número de nações que possuem legislações reguladoras do consumo de tabaco – com restrições da propaganda ao consumo em locais públicos – passou de dez para 55. Muito em função disso, a proporção de fumantes adultos está em queda.
Por esses motivos é tão importante a recomendação da OMS de que seja proibida a adição de substâncias que mascaram o aroma e o odor do tabaco, tornando-o mais atraente e sendo consumido por meninos e meninas em cigarros ou narguilés. Em 2012, o Brasil tornou-se o primeiro país ter uma resolução oficial nesse sentido, mas ela nunca chegou a entrar em vigor por conta de uma liminar que hoje arrasta-se no Supremo Tribunal Federal por conta de um desses mistérios que só a burocracia nacional explica.
Não levar a sério o alerta do organismo internacional põe em risco não apenas a redução do índice de menores fumantes que o país conquistou com dificuldade nos últimos anos. É uma ameaça ao bem-estar e à saúde das novas gerações que transforma em fumaça pelo menos 400 mil vidas todos os anos em nosso país.
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