A crise econômica que se abateu sobre o Brasil nos últimos anos está refletindo-se no hipercentro das grandes cidades, como Belo Horizonte, com a concentração de vendedores ambulantes e o aumento de pequenos crimes, como furto de celulares.
As cidades não estão, geralmente, preparadas para acolher esses indivíduos, aos quais se acrescentam os moradores de rua. A capital, por exemplo, só tem um banheiro público gratuito. Os resultados são a confusão, a sujeira, a insegurança, o caos.
Ciente dessa situação, a prefeitura está lançando um plano de reorganização do hipercentro de Belo Horizonte, para o qual vai mobilizar várias organizações públicas e privadas. O ponto central da ação é a retirada dos camelôs das vias públicas.
Inicialmente, as autoridades pretendem dialogar com a população local, oferecendo-lhes perspectivas.
Os camelôs poderão ganhar um emprego ou espaço num shopping popular. Donos de imóveis inativos serão instados a torná-los habitáveis.
Trata-se de uma tarefa gigantesca, mas que só ganhou essa dimensão por causa da postergação que caracteriza, por tradição, o comportamento de nossos governantes. Os problemas são ignorados quando poderiam ser enfrentados no nascedouro.
A crise está expondo um desses problemas que não são enfrentados. Em vários pontos da região metropolitana estão se formando pequenos aglomerados de habitações precárias, que constituirão futuras favelas, enquanto o poder público se mantém omisso.
Essa omissão é que faz prosperar os problemas. Os governos não agem preventivamente, atalhando a emergência de futuros impasses. Quando acordam, é tarde, e se lembram da repressão para impedir a proliferação do um mal que poderia ser evitado.
Os tempos mudaram, no entanto. A própria polícia já tem consciência de que a questão social não é uma questão de polícia.
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